O temporal que desabou sobre São Carlos nesta quinta-feira (7) impôs, da pior forma, um ponto final na disputa entre moradores do Jardim Nova Santa Paula e Prefeitura para a remoção de uma árvore que estava em risco.
A chuva de hoje, que teve fortes ventos (de mais de 50 km/h) e causou a derrubada de diversas árvores na cidade, deixou prejuízo para moradores de ao menos duas casas na rua Libério Marino.
Um ipê-roxo de 15 metros veio a baixo, derrubando o muro e quebrando o poste de energia que alimenta uma das casas. Sobre um vizinho, parte da copa está sobre o telhado da garagem e banheiro, com danos a serem avaliados.
Segundo a aposentada Jozette Bertacini, há tempos a vizinhança pede a remoção da árvore, o que foi negado pela Prefeitura de São Carlos.
“Tanto eu quanto a vizinha ligamos, veio a bióloga avaliar, falaram que a árvore estava boa e por isso não iria pedir o corte. Eu argumentei que a raiz estava comprometida, mas ela disse que não poderia cortar porque estava ‘boa’”, relata a moradora.
A única recomendação dada pela administração municipal, de acordo com os moradores, era que a calçada fosse consertada, “porque estava perigoso”.
“Todo temporal, tanto eu quanto ela [a vizinha] ficamos apreensivas. Tanto que hoje eu corri para o fundo na hora que a árvore caiu, não tinha nem visto [o estrago], porque fiquei lá no fundo com medo que caísse sobre a minha garagem e sala”, comenta.
O que diz a Secretaria de Meio Ambiente
Em respostas às reclamações, a secretaria capitaneada por Nino Mengatti afirmou que a árvore “estava saudável” e “não tinha laudo de supressão”.
A Prefeitura disponibilizou ao acidade on o laudo em que o corpo técnico da pasta descarta a supressão da árvore que caiu hoje. O método usado foi de “avaliação visual”.
No laudo técnico disponibilizado não há informação sobre o responsável por lavrar a avaliação.
O diagnóstico aponta haver orifício “possivelmente provocado por ataque inicial de coleobroca”, lesões de podas anteriores e “pequenas rachaduras” que “indicam a necessidade de um acompanhamento periódico”.
A conclusão do laudo é que sejam realizadas podas para adequação à cerca elétrica da residência e para a retirada de “tocos” remanescentes e galhos secos, “assim como o controle de coleobrocas” e monitoramento semestral.
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