Começa hoje (3) o julgamento do médico Luciano Barboza Sampaio, acusado de homicídio qualificado na morte do menino Noah Palermo, em junho de 2014.
O júri popular será realizado no Fórum Criminal de São Carlos, no Centro, com início da sessão às 9h.
O menino Noah tinha apenas cinco anos quando morreu depois de uma cirurgia para retirada do apêndice. Segundo o inquérito policial, o médico Luciano Barboza Sampaio saiu da cidade para assistir a um jogo de futebol após o procedimento, deixando de prestar o atendimento e assumindo o risco da morte do menino. O profissional responde por homicídio.
Absolvido anteriormente
Na Justiça local, o juiz Eduardo Cebrian Araújo Reis, da 2ª Vara Criminal de São Carlos, absolveu sumariamente o médico, em novembro de 2018. A decisão foi para a segunda instância e a 8ª Câmara de Direito Criminal determinou que o processo fosse retomado pelo juízo são-carlense, em fevereiro de 2022.
No Tribunal de Justiça, uma nova contenda entre o Ministério Público e a defesa do médico. Em setembro deste ano, o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, reafirmou a decisão da Corte Paulista.
Relembre o caso
Em 4 de junho de 2014, o menino deu entrada no Hospital Universitário e encaminhado à Santa Casa local após diagnóstico de apendicite. No dia seguinte, o paciente foi operado pelo médico Luciano Barboza Sampaio.
Um dia depois, ainda internado, o menino acordou com fortes dores abdominais, o que foi informado pelos pais ao médico. Conforme o inquérito policial, o médico deixou o plantão sem pediatra e se dirigiu à São Paulo.
Diante da piora do quadro de saúde, Noah foi internado na UTI em estado gravíssimo, onde morreu em 7 de junho.