São Carlos teve 150 furtos e 103 roubos de celular nos seis primeiros meses deste ano. Dados do Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública mostram ainda que o Centro e o Cidade Aracy foram os bairros com maiores índices de criminalidade envolvendo smartphones.
Entre os roubos, o município registrou pico de ocorrências no mês de janeiro, com 31 casos, seguido de fevereiro, com 20. Desde então, São Carlos tem transitado entre 12 e 15 roubos ao mês e fechou junho com 13 casos.
Dentre os roubos, os bandidos têm tido a preferência pelos horários da tarde (32 casos) e noite (30). Há ainda registros durante a madrugada, em menor volume, com 14 casos, e manhã, 23.
Entre os assaltos que objetivaram smartphones, o bairro com mais casos é o Cidade Aracy, com oito em seis meses. Na sequência vêm Centro e Jardim Cruzeiro do Sul (7 cada) e Vila Elisabeth (6). Três resultaram em prisão em flagrante, segundo o Portal da Transparência.
O secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, chama a atenção do fato de o bairro Vila Elisabeth estar entre os com maior número de roubos de celulares. Com diversos estudantes vivendo naquela região, há maior possibilidade de as vítimas estarem com celulares em mãos na hora a ação dos bandidos.
“A noite é mais favorável para o marginal praticar o roubo, pois tem uma certa violência, ameaça ou até agressão e ele não vai fazer isso onde tem muita gente”, comenta.
Na comparação com os dados de roubos em geral na cidade, os de telefones móveis representaram 55% dos 186 ocorridos nos 180 primeiros dias deste ano. Na média, São Carlos teve perto de um caso a cada dois dias.
Na cidade, os furtos têm sido mais frequentes do que os roubos, com 150 casos, ou seja, 0,8 por dia. A cada seis dias, houve cinco casos. Os smartphones representaram quase 12% do total de casos em São Carlos.
Os meses com maiores ocorrências foram janeiro e abril, ambos com 32. Desde o quarto mês do ano houve movimento de arrefecimento dos casos, com 26 em maio e 21 em junho.
Os dados do Portal da Transparência mostram ainda maior atividade de criminosos no período da manhã (40 ocorrências) e tarde (35). À noite (17) e madrugada (13), houve menos casos. Muitas vítimas se deram conta do furto tempos depois do ocorrido, o que fez com que boletins de ocorrência constassem como incerto o horário (45).
Os furtos ocorreram mais frequentemente no Centro, com 32 casos, seguido por Cidade Aracy (6), Jardim Tangará, Santa Felícia e Bela Vista (5 cada). “São corredores comerciais. O furto tem mais durante o dia porque as pessoas no comércio, trabalhando, há o fluxo de pessoas. Muitas estão tão focadas vendo o telefone que (o marginal). Daí usam a destreza e praticam o furto”.
Segundo o secretário, antes fonte de algum tipo de lucro através de sua venda, os smartphones podem render mais se tiverem acesso a contas bancárias e informações pessoais. Há, no país todo, relatos de vítimas que perderam dinheiro no banco após terem seus telefones furtados.
“O que mais se torna atrativo nos celulares é a questão das transações de recursos financeiros. O dinheiro cada vez mais se torna digital, isso é um fato. Outra coisa são as informações pessoais e isso têm um valor muito grande no mercado tecnológico, de venda desses dados para serem usados em crimes digitais”, afirma.
Samir ainda orienta que a população tenha atenção ao utilizar smartphones em vias públicas, e registrem casos em boletim de ocorrência. Locais que vendem aparelhos suspeitos podem ser denunciados.