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CotidianoCientistas desenvolvem piso autolimpante que remove até 90% da sujeira

Cientistas desenvolvem piso autolimpante que remove até 90% da sujeira

O novo material é capaz de degradar poeira, gordura, resquícios de remédios e até poluentes atmosféricos e pode ajudar na economia na compra de produtos de limpeza

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À esquerda, imagem mostra o piso com o novo revestimento após 30 minutos de exposição à luz, bem mais limpo do que o piso da direita, que imita os comerciais. Foto: Elias Paiva Neto / Divulgação IQSC
À esquerda, imagem mostra o piso com o novo revestimento após 30 minutos de exposição à luz, bem mais limpo do que o piso da direita, que imita os comerciais. Foto: Elias Paiva Neto / Divulgação IQSC

Químicos de São Carlos e Araraquara desenvolveram um novo piso autolimpante que remove até 90% da sujeira com o uso de luz. Os revestimentos do tipo já disponíveis no mercado degradam cerca de 30%. 

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O novo material é capaz de degradar poeira, gordura, resquícios de remédios e até poluentes atmosféricos e pode ajudar na economia na compra de produtos de limpeza. Para isso, os cientistas depositaram, durante o processo de fabricação do revestimento, uma camada de nanopartículas de sílica e dióxido de titânio.

“É feito um tratamento térmico em que ele adere ao piso conferindo a ele propriedade que a gente chama de fotocatalítica. Essa propriedade é responsável pelo efeito autolimpante”, afirma o professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) Ubirajara Rodrigues Filho.

A destruição da sujeira sobre o piso é feita em ação conjunta entre os minérios e a luz ultravioleta. A emissão pode ser artificial, por meio de lâmpadas próprias, ou a solar.

“O efeito é proporcional à quantidade de luz que atinge o piso. Quanto maior for a luz, maior o efeito. No caso de radiação solar vai demorar mais do que uma radiação artificial”, explica.

Em laboratório, um corante lilás fez o papel de sujeira e foi aplicado sobre os dois revestimentos. Após 30 minutos de radiação, o novo revestimento extinguiu 90% do corante; o piso produzido no padrão comercial, 30%.

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O novo revestimento autolimpante ainda não tem custos calculados, mas o professor de química acredita que ele pode trazer vantagens à aos fabricantes por ter efetividade três vezes maior do que os produtos já disponíveis no mercado.

“No piso comercial é feito um tratamento térmico para que ele proporcione efeito autolimpante, mas ele perde efetividade no processo. Com esse material, que é o silício e titânio, no lugar de perder atividade, ele ganha durante o tratamento”, afirma.

Os próximos passos da pesquisa é conferir se há atividade antimicrobiana, fungicida e virucida no novo revestimento e conseguir produzi-lo em escala comercial, de acordo com o professor.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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