Nesta quinta-feira (19) é celebrado o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do ato para crianças recém-nascidas. No Banco de Leite da Santa Casa de São Carlos, o estoque de doação está baixo e há necessidade de doadoras.
A data foi instituída pela Lei nº 13.227/2.015 e também celebra a Semana Nacional de Doação de Leite Humano, que se mostra como uma iniciativa a mais para a proteção e a promoção do aleitamento materno e a importância da doação de mães que amamentam.
Na cidade, o Banco de Leite está vivendo uma queda atípica de doações, e segundo a enfermeira responsável, Karine Silva, estão precisando de mamães solidárias que estejam dispostas a doar.
“A mãe tem que estar amamentando seu filho, e o que a gente recebe é o leite excedente, então ela amamenta o bebê dela e o que sobra ela doa. Ela tem que estar saudável e são colhidos os exames de triagem”, explicou.
Para doar é simples: a mãe faz o cadastro no Banco de Leite e já começa a fazer a doação. “Para abrir o cadastro é rápido, é coisa de meia hora no máximo para a gente colher os exames, preencher o cadastro e entregar o material, e aí ela vai doar o tempo que ela quiser, enquanto estiver amamentando pode continuar doando. A mãe tira o leite em casa e uma vez por semana a gente passa na casa dela, pega esse leite que ela conseguiu ordenhar e traz para o banco”, completou.
O atendimento no Banco de Leite é feito todos os dias, incluindo feriados, das 7h às 18h. O telefone para mais informações é (16) 3509-1175.
Importância da doação
Segundo a pediatra Dra. Maria Raquel Moreira Garutti Yazbek, a doação ajuda principalmente a salvar vidas. “Só quem já viveu o dilema de acompanhar um bebê na UTI Neonatal, sobretudo os prematuros extremos ou doentes, entende o quanto o leite humano é importante para amadurecer o sistema gastrointestinal, além de aumentar a defesa contra infecções e doenças e diminuir a mortalidade neonatal.”
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento é recomendado até os 2 anos ou mais, porém, deve ser exclusivo até os primeiros seis meses de vida. O leite materno é considerado o melhor alimento do mundo e é a primeira fonte de nutrientes do ser humano, não apenas para a evolução das funções biológicas, mas também do desenvolvimento afetivo e psicológico.
“É um leite que contém carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, interferon), e que não precisa de moduladores de crescimento. A composição nutricional é extremamente balanceada e suficiente, não havendo necessidade, inclusive, de ofertar água adicional ao bebê nos primeiros meses de vida”, comenta Yazbek.
Já para as mães que por alguma razão não conseguirem amamentar e para os bebês que rejeitam o aleitamento, existem eficientes fórmulas disponíveis no mercado. Embora essas soluções não sejam como o leite materno, elas garantem que os bebês cresçam bem nutridos e protegidos. O ideal é procurar a orientação do pediatra responsável pelo acompanhamento da criança, a fim de saber qual o melhor produto para cada organismo.