Uma parceria entre as universidades federais de São Carlos (UFSCar) e de Santa Catarina (UFSC) está realizando uma pesquisa que pretende analisar o impacto, as reações e as preocupações que a pandemia da Covid-19 teve na vida e nos sentimentos dos cuidadores e das crianças e adolescentes com alterações neuromotoras. O estudo vai verificar também como essas crianças e jovens têm participado das atividades em casa nesse período de distanciamento social.
De acordo com os pesquisadores, todo o contexto da pandemia pode trazer níveis aumentados de estresse e sobrecarga para pais e/ou responsáveis pelo cuidado desse público, além da falta dos serviços de saúde e da comunidade que foram interrompidos durante a pandemia. “Além disso, a pandemia pode ter afetado a participação de crianças e adolescentes em atividades da casa, com aumento do estresse por não poderem sair e com a falta de socialização com amigos e familiares”, complementam os pesquisadores.
Diante disso, a pesquisa é importante para entender de que forma a pandemia afetou o dia a dia dessas famílias, se trouxe aumento de sobrecarga por parte dos cuidadores e um aumento de sentimentos negativos para eles e para essas crianças e adolescentes.
A equipe de pesquisa aponta que a “expectativa do estudo é encontrar alta porcentagem de preocupações dos cuidadores e das crianças e adolescentes referentes à pandemia, a cuidados com a saúde em geral e com a reabilitação, ainda que essas preocupações tenham sido maiores no início da pandemia do que agora”.
Para realizar o estudo, estão sendo convidados pais e/ou responsáveis pelo cuidado de crianças e adolescentes (até 17 anos) que tenham alterações neuromotoras. Os participantes apenas responderão questionários eletrônicos. Interessados devem entrar em contato, até março, com a pesquisadora Rafaela Silveira Passamani pelo telefone (55) 9659-6998. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CAAE: 51536621.5.1001.0121).
Parceria
O estudo é feito pela parceria entre o Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil da UFSCar (Ladi), do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e a UFSC. A equipe da UFSCar é responsável pelo recrutamento dos voluntários e o grupo de Santa Catarina aplicará a pesquisa. O estudo é coordenado pela professora Adriana Neves dos Santos, da UFSC, e tem colaboração de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do DFisio, e da doutoranda Beatriz Helena Brugnaro.