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CotidianoCrime de 2019: entenda a condenação de homicídio da filha de Belchior

Crime de 2019: entenda a condenação de homicídio da filha de Belchior

Julgamento durou mais de 18 horas e investigações tiveram repercussão nacional; crime e julgamento aconteceram em São Carlos (SP)

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Suspeitas de matarem metalúrgico durante programa em São Carlos se entregam à polícia. Foto: Reprodução EPTV
Suspeitas de matarem metalúrgico durante programa em São Carlos se entregam à polícia. Foto: Reprodução EPTV

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Há 2 anos e meio, mais precisamente em 26 de agosto de 2019, acontecia o crime que levaria à condenação de homicídio de Isabela Meneghelli Belchior, a filha do cantor Belchior. Em julgamento realizado na quarta-feira (23), em São Carlos (SP), ela foi condenada a nove anos de reclusão. 

O metalúrgico assassinado era Leizer Buchwieser dos Santos, de 42 anos, que desapareceu em 26 de agosto de 2019, após sair de casa para trabalhar. Seu corpo foi encontrado por um sitiante com as mãos e os pés amarrados na região rural da Babilônia, em 1º de setembro. O carro usado por ele foi achado queimado em outro canavial. 

Durante as investigações, a Polícia Civil informou que Leizer era pedófilo e marcava programas sexuais pelas redes sociais pedindo, inclusive, o envolvimento de crianças oferecendo um pagamento maior. Ele teria marcado um programa por R$ 500 com Jaqueline Chaves, namorada de Isabela, e pediu para que ela levasse a sobrinha de 3 anos. 

A mulher teria contado a situação para a namorada e para os dois irmãos, Bruno Rodrigues e Estefano Rodrigues, sendo o último o pai da menina. A intenção, segundo a Polícia, era extorquir o metalúrgico. No depoimento, Isabela disse que queriam apenas ‘dar um susto’, sem intenção de matar. 

Após o encontro, segundo a investigação, Leizer foi até a uma casa onde todos esperavam. Elas pegaram o dinheiro e iniciaram uma discussão, mas ele agrediu Isabela e os outros homens entraram na briga, esfaqueando o metalúrgico. Após o crime, o grupo abandonou o corpo e queimou o carro.  

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Isabela Belchior (à esq.) e os irmãos Jaqueline (centro esq.), Estéfano (centro dir.) e Bruno (à dir.). Foto: Reprodução/Redes Sociais
Isabela Belchior (à esq.) e os irmãos Jaqueline (centro esq.), Estéfano (centro dir.) e Bruno (à dir.). Foto: Reprodução/Redes Sociais

Prisões
Em março de 2020, a DIG de São Carlos pediu a prisão temporária de Jaqueline, Isabela, Estefano e Bruno por latrocínio. As duas mulheres se entregaram em agosto do mesmo ano. Na ocasião, Isabela confessou o crime e alegou que se defendeu das agressões. Estefano também foi preso no mesmo ano. 

Em agosto de 2021, um ano após, a Polícia Militar encontrou e prendeu Bruno Rodrigues no bairro Morumbi, em São Paulo.  

Mãe espera que Isabela Belchior seja absolvida em São Carlos. Foto: Ana Marin/g1
Mãe espera que Isabela Belchior seja absolvida em São Carlos. Foto: Ana Marin/g1

Julgamento e acusações  
Sete meses após as prisões, em 22 de março o grupo foi a júri no Fórum Criminal de São Carlos, sendo julgados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, já que o roubo foi descartado durante a investigação. O julgamento durou mais de 18 horas.

Isabela Meneghelli Belchior, filha do cantor Belchior, foi condenada a 8 anos de reclusão por homicídio e 1 ano e 2 meses por ocultação de cadáver. O defensor público Pedro Naves Magalhães, advogado de Isabela, informou ao g1 que não vai recorrer da decisão. 

Já Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues foram condenados a 10 anos e 20 dias por homicídio e 1 ano e 2 meses por ocultação de cadáver. A advogada Sandra Mara de Oliveira informou que não vai recorrer da decisão.  

Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, namorada de Isabela e irmã dos dois condenados, foi absolvida das acusações e está em liberdade. 

*Com informaçoes de Ana Marin, do g1 São Carlos.

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