Uma denúncia feita pela funcionária de uma escola de Dourado apontou falta de merenda escolar para os estudantes que cursam o ensino integral. Com a repercussão, mais reclamações a respeito da qualidade da alimentação surgiram. A prefeitura negou a falta e disse se tratar de “equívoco da cidadã”. (veja o posicionamento abaixo)
Uma live foi feita na quinta-feira (9), pela moradora Tatiane Ferreira, que relatou que estava trabalhando na unidade – da qual é funcionária terceirizada pelo programa Bolsa Trabalho – e acompanhou o momento em que a merenda dos alunos acabou. O vídeo soma 1,2 mil visualizações.
“Hoje a comida não deu nem para ser repetida, porque eu estava lá e a comida mal deu para os alunos. Não é a primeira, não é a segunda, não é a terceira vez que isso vem acontecendo. Tenho certeza que o governo manda o dinheiro da merenda das crianças, e cadê a merenda? Eu estou lá dentro, eu estou vendo o que está acontecendo”, disse no vídeo.
A publicação logo ganhou repercussão nas redes sociais e os munícipes começaram a comentar também sobre a qualidade da comida oferecida. “De manhã um pão que a manteiga parece sebo, o suco dá até infecção urinária de tão forte, as almôndegas do macarrão todas cruas”, escreveu uma estudante.
Outra aluna relata que sente fortes dores depois de comer a comida ofertada. “Péssimo. Estamos cansados de comer comida horrível, não somos nenhum animal, ficamos das 7h às 16h na escola para ficar com dor no final da tarde”, escreveu.
A merenda escolar dos 1,4 mil alunos das escolas municipais e estadual do município são preparadas pela Cozinha Piloto Municipal, acompanhada também por nutricionista, segundo a prefeitura.
Pauta para reunião
Com as dezenas de reclamações, a presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) Mariana Tomaz Zago também usou as redes para se posicionar e informou que os membros do conselho visitaram a Cozinha e “ficaram satisfeitos com o trabalho”.
“Até o momento não houve nenhuma denúncia ou reclamação direta no Conselho. Deixo abertas as portas do Conselho aos munícipes que tiverem interesse no assunto. Frisando que este será o assunto principal da próxima reunião”, escreveu.
Outro lado
Em retorno ao portal acidade on, a prefeitura de Dourado informou que a informação de falta de fornecimento da merenda “está equivocada” e reforçou que “na data em questão da postagem leviana de uma cidadã” foi encaminhada merenda suficiente para atender 200 alunos, sendo que 159 estiveram presentes na Escola Salles.
“Por se tratar do fato de que os próprios alunos se servem, houve um exagero por parte de alguns, o que gerou o término do arroz, conforme informações não oficiais recebidas por parte da direção da escola”, diz a nota.
A administração ainda reforçou sobre a qualidade dos alimentos ofertados. “Os alimentos são preparados no mesmo dia em que são distribuídos. São utilizados produtos de qualidade, dentro de seus prazos de validade e preparados com a máxima higiene e cuidados necessários para tal”, completou.
Por ser uma escola estadual, a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos informou que estará na unidade na próxima segunda-feira (13) para verificar quais as medidas adequadas para sanar e evitar outros problemas.
