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CotidianoDia de Conscientização do Autismo chama atenção para falta de inclusão

Dia de Conscientização do Autismo chama atenção para falta de inclusão

Data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) é celebrada nesta sexta-feira (2); entenda as características e diferenças do transtorno

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Nesta sexta-feira (2) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. (Imagem ilustrativa)

Nesta sexta-feira (2) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientização sobre as características do transtorno que atinge cerca de dois milhões de brasileiros.

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De acordo com Giovanna Escobal, professora e vice-coordenadora do Instituto Lahmiei da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), existem vários tipos de autismo e cada um tem sua particularidade e nível de gravidade.

“O manual diagnóstico utilizado pelos médicos, que fornece critérios diagnósticos, classificam em três esses graus. O grau leve, que necessita de menor apoio, um grau moderado que a necessidade de um apoio substancial, e um grau severo, que precisa de um apoio muito substancial. Essas necessidades estão relacionadas a três áreas que acometem o autista: a área de interação social, comunicação e linguagens e de padrões comportamentais repetitivos e estereotipados”, disse.

Diferente de outras doenças como a Síndrome de Down, por exemplo, não existe um marcador biológico ou exame específico que detecte o autismo, os exames realizados são baseados em sinais comportamentais.

“Esses sinais podem ser notados desde bebê, mas sinais comuns aparecem principalmente quando aumentam as demandas são nas categorias de déficit sociais e de comunicação, e dentro das categorias são os seguintes sinais: a ausência de linguagem oral, falta de interação das pessoas, dificuldade em iniciar e manter a conversação, dificuldade em manter relações sociais, ausência de atenção compartilhada, não atende frequentemente pelo nome, usa as pessoas como ferramentas”, explicou a professora.

“Dentro da outra categoria que acomete, que são os padrões repetitivos e restritivos de comportamento estão apego muito grande a uma rotina, uma criança que tem restrição a mudanças, apresenta falas e movimentos repetitivos, também apresenta um Inter foco, e também apresenta uma sensibilidade muito grande ou muito baixa aos estímulos sensoriais”, continuou Giovanna. 

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Mesmo que tão popular no mundo todo, os portadores do Transtorno de Espectro Autista (TEA) ainda precisam lidar com o preconceito e a discriminação. “A inclusão é muito importante e benéfica não só para pessoas típicas como para as atípicas. Se fosse realizado da maneira adequada, seria muito proveitoso aproveitar o cenário inclusivo, trabalhar as diferenças na escola, a cooperação, a tolerância, poderíamos formar seres humanos melhores, mais empáticos”, disse.

Essa diferença de tratamento também tem relação com a falta de inclusão de autistas na sociedade. Segundo a professora Giovanna Escobal, os profissionais de hoje não são capacitados para essa inclusão, tanto no contexto escolar quando no trabalho.

“Sem profissionais capacitados não existe uma inclusão funcional e adequada. Os profissionais precisam promover aprendizagem de qualidade, mas para isso precisam de uma capacitação adequada. Existe a necessidade de muitos apoios para esses indivíduos, tanto em ambiente escolar quanto em trabalho, e esses apoios só serão fornecidos com profissionais qualificados”, ressaltou.

“Existem muitos olhares questionadores, dedos apontados, e infelizmente em uma sociedade que almeja tanto igualdade em tantas categorias, deveria também ter um olhar especifico para o público alvo da educação especial que precisa desse olhar mais sensível”, finalizou Escobal.

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