Com horas de atraso e bastante tensão, o comboio de três carretas com 520 mil ovos com embriões chegou ao Instituto Butantan para a produção de vacinas.
A carga, que era para ter sido entregue às 6h de terça, chegou ao destino à tarde. O último caminhão foi descarregado antes das 18h.
O comboio saiu ainda na segunda-feira (31) de São Carlos, onde a empresa mantém uma granja de alto controle para a produção de ovos embrionados para inoculação de vírus. A equipe saiu em três caminhões-incubadoras para entrega em hora certa, mas se deparou com uma série de bloqueios bolsonaristas entre a Capital da Tecnologia a São Paulo.
“São ovos embrionários com desenvolvimento de 10 dias, então estão no momento de receber o vírus e isso tem um horário estabelecido. Atrasou em 4 ou 5 horas o início da aplicação”, explica o gerente de produção da granja Geraldo Cupertino.
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A situação complicada nas rodovias, principalmente a Washington Luís, em que tem bloqueios em Rio Claro, Anhanguera, com paralisações diversas até a capital, fez com que o gerente tomasse uma decisão. Ele, em um carro, ia à frente e avisava os motoristas dos bloqueios e possibilidade de entrar em uma rodovia secundária. Com muito custo a estratégia deu certo.
“Foi um dia sofrido, mas conseguimos chegar e atender, porque caso contrário, seriam 1,5 milhão de doses de vacinas a menos que seriam produzidas”.
O esforço de Cupertino não foi em vão e os ovos seriam usados na produção de vacinas, segundo o Butantan. Ao ano, 80 milhões de doses são entregues ao Ministério da Saúde, que realiza a imunização via Sistema Único de Saúde (SUS).
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