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CotidianoDocentes e pais protestam contra adesão ao PEI em escola de São Carlos

Docentes e pais protestam contra adesão ao PEI em escola de São Carlos

Segundo os manifestantes, o processo de implantação foi arbitrário e desrespeitou a comunidade escolar; Seduc-SP nega acusações e ressalta decisão democrática e técnica

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Pais participaram de protesto contra adesão ao PEI na E.E Jesuíno de Arruda. Foto: CBN São Carlos

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Professores, pais e estudantes protestaram nesta terça-feira (9) contra a adesão da Escola Estadual Jesuíno de Arruda, em São Carlos (SP), ao Programa de Ensino Integral (PEI), apontando arbitrariedade e desrespeito com a comunidade escolar. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) negou as acusações e ressaltou que a decisão foi democrática e técnica. (Leia mais abaixo)

De acordo com o professor Mateus Reis, que leciona na instituição há sete anos, o principal problema diz respeito à inversão dos horários. A partir de 2022, o ensino fundamental vai funcionar das 7h às 14h30, enquanto o médio será das 14h30 às 21h30. 

“Essa escola faz décadas que tem o fundamental funcionando no período da tarde e o ensino médio funcionando no período da manhã. Foi uma decisão arbitrária, imposta para a comunidade. Inclusive, o Conselho de Escola já se reuniu e decidiu contrário à esse modelo, e mesmo assim o Governo está passando por cima da decisão da comunidade escolar”, disse. 

A operadora de manufatura Sandra Sueli Mantovani, de 49 anos, não concorda com a medida e está tentando transferir sua filha para outra instituição com ensino regular. “A escola não está estruturada para isso, o horário é horrível, acho que estão querendo industrializar a educação, e isso não concordo, porque a criança tem que ter uma vida e um curso, algo que agregue, e aqui não vai ter. Espero que seja revertido, mas a gente sabe que é difícil”, disse. 

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Pais participaram de protesto contra adesão ao PEI na E.E Jesuíno de Arruda. Foto: CBN São Carlos

Para Sergio, professor de história há uma década na unidade, o protesto se dá por ser uma medida que altera a rotina das famílias e pela maneira como a adesão foi feita. 

“Inviabiliza que muitos estudantes que ajudam no orçamento de casa consigam conciliar a função remunerada com o estudo, sendo obrigados a procurar outra escola, distante da residência, e que muitas vezes ocasiona a evasão escolar. Existem vantagens e desvantagens, mas a gente acredita que qualquer mudança na escola pública, tem que primeiro consultar o público”, concluiu.   

Leia mais: 

    – Docentes apontam irregularidade em adesão ao PEI na Escola Jesuíno de Arruda 

    – MP rejeita denúncia de irregularidade em adesão ao PEI no Jesuíno de Arruda

Panfletos foram entregues à comunidade escolar nesta terça-feira. Foto: CBN São Carlos

Outro lado
A situação já virou pauta para protestos anteriores e ações na Justiça em setembro, quando parte da comunidade escolar encaminhou uma representação ao Ministério Público (MPSP) apontando irregularidades no processo de adesão. Vinte dias depois, o órgão arquivou a denúncia e definiu que “não houve arbitrariedade na implantação” e que, portanto, “não vislumbra ilegalidade”. 

Na ocasião, o portal ACidade ON entrevistou a dirigente regional de Ensino Débora Blanco, que informou que a escola promoveu reuniões com professores e pais sobre a mudança, e apontou ainda que cerca de 70% do corpo docente e mais de 300 responsáveis foram à favor. 

Em nota enviada nesta terça-feira (9), a Seduc-SP informou que a escolha pela adesão foi baseada em consulta que “resultou em uma decisão democrática e técnica” e que todo o processo ocorreu de forma transparente e com participação de toda a comunidade. A pasta completou, ainda, que “se mantém aberta para ouvir toda reivindicação da comunidade escolar”. 

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