Estudantes da USP São Carlos, Ribeirão Preto e da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) venceram um German-Brazilian EdTech Hackaton 2023, competição destinada a resolver problemas educacionais por meio da tecnologia.
A proposta dos estudantes é um aplicativo que facilita o aprendizado e ensino de diferentes línguas de sinais usadas em cada parte do mundo.
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O app deixa mais fácil a interação por chat e vídeo entre pessoas de diferentes países para romper barreiras de acessibilidade e possibilitar oportunidades de intercâmbio à comunidade surda.
De acordo com os estudantes, além que depende de Libras para se comunicar e deseja estudar na Alemanha precisará aprender a DGS (Língua Gestual Alemã, na sigla local) para poder se comunicar por lá. Porém, materiais didáticos que ensinam a DSG somente estão disponíveis em alemão. Ou seja, a pessoa precisaria aprender alemão para só depois conseguir acessar esses materiais e, então, aprender DSG.
Essa barreira dificulta o aprendizado de outras línguas gestuais, como a inglesa (BSL), a americana (ASL), a francesa (LSF), a espanhola (LSE), a finlandesa e japonesa (JSL), a portuguesa (LGP), a russa (RSL), entre tantas outras.
“Não encontramos sequer um exemplo de estudante surdo brasileiro que fez intercâmbio no exterior após 30 entrevistas com esse público”, explica Pedro Kenzo, membro da equipe vencedora. Aluno do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, Pedro cursa ciências de computação, tal como outros dois colegas do time, Pedro Augusto Ribeiro Gomes e Melissa Motoki.
Durante o Hackathon, eles conheceram mais três estudantes e formaram a equipe que criou a proposta do aplicativo SignLink: Jonathan Batista, que faz informática biomédica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP); Thiago Henrique, que cursa economia na Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto (Fearp-USP); e Caio Costa Quintana, estudante de design da UFJF.
Munidos de uma diversidade de habilidades, o time conseguiu, em tempo recorde, estruturar a proposta, realizar uma pesquisa com a comunidade surda e apresentar a solução durante os três dias do Hackathon, que aconteceu de 25 a 27 de maio no Goethe-Institut, em São Paulo.
Resultado: “Fomos convidados por três universidades alemãs para apresentarmos nosso projeto em seus hubs de inovação, com a possibilidade de concretizar o SignLink com apoio dessas instituições, que estão entre as mais inovadoras da Europa”, revela Pedro Augusto. “Além disso, ganhamos um prêmio de dois mil euros para nos ajudar com os custos da viagem. Porém, esse valor está muito aquém do que é necessário para que possamos ir à Alemanha”, completa o estudante do ICMC.
Vaquinha
A equipe criou uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) e também vai submeter o projeto a programas de fomento para viabilizar a apresentação da proposta em três universidades alemãs: Freie Universität Berlin (FU-Berlim), Technical University of Munich (TUM), e Westfälische Wilhelms-Universität-Münster(WWU). Interessados em doar podem acessar este link.
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