Um estudo conduzido em São Carlos sugere que nanotubos de silício teriam a capacidade de inativar o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. As conclusões foram publicadas em revista internacional de estrutura biomolecular.
A pesquisa foi feita no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um centro de pesquisa da Fapesp sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O estudo é teórico e usa vários métodos da química computacional para analisar as propriedades estruturais e eletrônicas dos nanotubos puros e oxidados, de acordo com o doutorando Jeziel Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Química da UFSCar.
Conforme relatado no artigo, os nanotubos teriam o potencial de se ligar a aminoácidos presentes na ponta da proteína spike, usada pelo vírus para se conectar à célula humana e viabilizar a infecção.
“Os resultados indicam que o nanotubo é um potencial candidato a ser utilizado contra a Covid-19”, diz Rodrigues.
O doutorando espera que esses achados ajudem outros pesquisadores no desenvolvimento de materiais com capacidade virucida. “Continuaremos os estudos abordando a interação com novas proteínas virais e investigando o mecanismo de eliminação do patógeno”, conta.