Egresso do curso de Engenharia Química na UFSCar, o pesquisador Flávio Baleeiro receberá o Prêmio “Helmholtz” de Doutorado de 2022”, anunciou a universidade nesta quarta-feira (17).
Concedido anualmente a teses que contribuem no enfrentamento aos grandes desafios da humanidade, o galardão foi concedido a Baleeiro na categoria “Planeta Terra e Meio Ambiente”.
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O cientista fez pós-graduação no Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental, baseado na cidade alemã de Leipzig, com financiamento de bolsa da Capes. A premiada tese foi defendida no ano passado.
A cerimônia de premiação será em 13 de julho. Até lá, o trabalho continua no desenvolvimento da tecnologia.
“O prêmio dá novo fôlego e suporte a essa pesquisa e à transferência da tecnologia à indústria para que seja aplicada. Sigo trabalhando e desenvolvendo essa tecnologia como pesquisador no Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental em Leipzig, na Alemanha. Porém, o objetivo é aplicar a tecnologia no Brasil assim que encontrar financiamento e parceiros”, complementou o pesquisador.
IMPULSO À ECONOMIA CIRCULAR
A tese do egresso da UFSCar usa bactérias em um tipo de fermentação que converte matéria orgânica e gases em compostos químicos valiosos, em processo que pode alavancar o surgimento de biorrefinarias e contribuir no desenvolvimento do hidrogênio verde. O gás formado por dois átomos de hidrogênio é uma das mais promissoras fontes de energia.
“Eu espero que a fermentação mixotrófica ajude na transição da atual economia baseada em recursos fósseis a uma economia circular, que se baseia em recursos renováveis. Por exemplo, através da construção de biorrefinarias menos limitadas às biomassas locais e integradas com as redes de hidrogênio verde, ou através da integração de biorrefinarias absorvedoras de carbono com outras indústrias poluidoras, como a do cimento e do aço”, afirmou Baleeiro.
IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO
O pesquisador destacou a importância da UFSCar na continuidade da sua trajetória acadêmica e neste prêmio. “Meus professores da UFSCar, em especial, meus ex-professores do Departamento de Engenharia Química (DEQ), não foram só inspiração. Eles também me ensinaram a pensar como engenheiro químico para poder aprimorar as ‘engrenagens’ da indústria que sustenta a nossa sociedade. Tenho orgulho de ter estudado na UFSCar”, finalizou.
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