A Polícia Civil deve investigar a morte de um bebê de um mês no Hospital Universitário da UFSCar, em São Carlos, na segunda-feira (19). Segundo a família, a criança morreu após uma parada cardíaca. A morte foi registrada como ‘suspeita’.
A mãe relatou aos policiais que no dia 14 de fevereiro a filha estava com febre e foi encaminhada da UPA ao Hospital Escola, sendo atendida no dia seguinte. Depois, a mãe buscou um médico particular para solicitar exames, mas não foram constatadas alterações.
No fim da noite de domingo, a criança começou a apresentar diarreia e a família recorrer a UPA novamente, mas pela demora no atendimento, levaram até o HU novamente, onde aguardaram por mais uma hora.
Ela foi medicada com soro e foram solicitados exames, mas a criança começou a passar mal novamente, e quando o médico chegou ela estava desfalecida. O relato da mãe aponta, ainda, que após socorro médico a criança morreu às 5h40 de segunda-feira, em decorrência de uma parada cardíaca.
A família, então, foi orientada e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, onde o delegado de plantão solicitou exame pericial do IML (Instituto Médico Legal) para determinação da causa da morte e sequência das investigações.
Retorno do HU-UFSCar
O acidade on solicitou um retorno da unidade hospitalar, que lamentou o falecimento da criança L;M, de 53 dias de vida, e se solidarizou com os familiares e amigos. Leia a nota:
“O Hospital Universitário da UFSCar, vinculado à rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), lamenta o falecimento da criança L.M., de 53 dias de vida, ocorrido no dia 19 de fevereiro, e se solidariza com os familiares e amigos.
A criança passou por consulta pediátrica no HU-UFSCar em 14 de fevereiro, sendo realizado o diagnóstico de virose respiratória. Ela apresentava bom estado geral, sendo possível a continuidade do tratamento em casa.
Conforme relato da mãe, a criança apresentou piora clínica no domingo, 18, ou seja, cinco dias depois, quando procurou atendimento na UPA Vila Prado. Ainda segundo relatado, os familiares decidiram levar a criança diretamente ao hospital por meios próprios, optando por não aguardar a ambulância.
A criança chegou em estado crítico e foi imediatamente atendida pela equipe da emergência infantil do HU-UFSCar, sendo oferecido todo suporte clínico necessário. Contudo, ela teve uma parada cardiorrespiratória, não respondeu às manobras de ressuscitação e evoluiu para óbito.
A criança permaneceu poucas horas no pronto socorro do HU-UFSCar, não sendo possível o estabelecimento da causa da morte. Dessa forma, o relatório do IML ajudará a elucidar a situação que culminou com o óbito da criança.
O HU-UFSCar reforça que é recomendado que pacientes graves sejam transportados em ambulâncias, tendo em vista que somente nestes veículos existem equipamentos e profissionais capacitados a atender emergências.”