Denúncias publicadas nas redes sociais apontaram que alunos de escolas de Descalvado (SP), estariam se alimentando de comida estragada e até mesmo com moscas e pedras. Em pronunciamento, a Secretaria da Educação alegou que foi apenas um caso isolado, mas já resolvido.
Segundo os relatos, a situação aconteceu na quinta-feira (31). “Hoje deram um tipo de ovo com um líquido estranho, apelidaram de lavagem […] Em outra escola deram batata podre e o recheio estragado. A turma da manhã ainda teve a chance de comer bolacha na parte da tarde […] não tem condição de comprar um lanche para entregar na escola?”.
De acordo com Gustavo Ferreira, primo de uma aluna, a situação não acontece todos os dias, mas a sensação é de abandono por parte da administração. “Ninguém aqui olha as comidas que chegam para as crianças nas escolas, entregam de qualquer jeito. Até onde vamos chegar desse jeito? Está uma vergonha isso”, disse.
As denúncias também chegaram aos parlamentares. O vereador Ninja chegou a ir até a escola e pediu por providências. “Eu sei que as coisas estão caras, mas o dinheiro do povo que vem para a educação tem que ser bem aplicado. […] Tem que se preocupar com a alimentação dessas crianças”, disse.
Posição da prefeitura
Em um pronunciamento também nas redes, a Secretaria Municipal da Educação ressaltou que foi um caso isolado acontecido com a carne de fango – que estaria cheirando forte, e que o alimento foi descartado.
Segundo a pasta, o acompanhamento foi substituído pelo Serviço Municipal de Alimentação Escolar (SMAE), por ovos mexidos com legumes. Assim, algumas unidades receberam frango que já havia sido transportado, e outras receberam ovos.
“A comida disponibilizada aos alunos, de toda a rede municipal e das duas escolas estaduais têm garantia de qualidade pelo município […] Ocorreu um fato hoje de forma pontual na escola Luciano Ivo Tognetti, nós estamos investigando como isso aconteceu. Agora, gostaria de informá-los que o aparecimento de corpo estranho ou de qualquer coisa da comida dos alunos é um fato que está sendo investigado internamente pelas autoridades competentes”, explicou Altemar Nunes, chefe de seção do SMAE.
Em vídeo publicado pela pasta, Nunes também solicitou que em casos de intoxicação alimentar, como citado nas redes, os pais ou responsáveis entrem em contato com o serviço através do telefone (19) 3583-1493 para esclarecimento dos fatos.