Profissionais da Secretaria Municipal da Educação decidiram, em assembleia realizada na noite de ontem (2), a realização do Dia de Mobilização pela Educação Municipal, no próximo dia 14.
O clima entre os funcionários da Educação já era de insatisfação e piorou nas últimas semanas com a proximidade da volta às aulas. Na segunda (7), os alunos voltam às salas de aula em uma rede municipal de ensino cujo estado é classificado como “situação caótica” pelos servidores. Tudo isso em um momento em que a secretária Wanda Hoffmann é também questionada por ter deixado de investir os 25% obrigatórios na educação. Nesta semana, vereadores chegaram a pedir a saída da ex-reitora da UFSCar da condução da pasta.
Os funcionários da pasta aprovaram a criação de um comitê de mobilização, com formação mista entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Carlos (Sindspam) e representantes da categoria. Será formulado um documento com todas as denúncias relacionadas à educação. A pauta será entregue nos próximos dias ao prefeito Airton Garcia (PSL).
De acordo com o diretor do Sindspam, Gilberto Rodrigues, os profissionais pedem melhores condições de trabalho, adequação das escolas, além de disponibilização de equipamentos de proteção individual e reposição do déficit de funcionários, sobretudo de merendeiras.
Questionado sobre a possibilidade de greve, o sindicalista afirmou que a categoria “já tinha parado hoje”, se dependesse de parte do funcionalismo da Educação.
“Nós temos pensado nos pais e alunos. Pedimos que os pais vão ajudar as escolas, visitando onde deixam os seus filhos para saber quais as condições”, afirmou.