O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o Gaeco, de Piracicaba, com o apoio da Polícia Civil cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em Porto Ferreira, na manhã desta segunda-feira (10). Os promotores investigam a ligação entre a realização de bailes funks e a lavagem de dinheiro para facção criminosa.
Foram cumpridos nove mandados de busca, entre eles, um deles no município de Descalvado. Há ainda sete mandados de prisão contra membros dessa facção. Foram apreendidos dinheiro, arma e documentos durante a operação.
O promotor Gustavo Zampronho, do Gaeco de Piracicaba, afirmou que o bando usava conta de laranja para a lavagem de capital. “Eles lavavam bastante (dinheiro) nas festas. O que se gasta em materiais de divulgação, na contratação de funkeiros, é tudo dinheiro de droga, de crime organizado”.
“Para usar o dinheiro de forma legal, usavam uma conta (bancária) e depositavam dinheiro para essa terceira pessoa, e obviamente utilizavam esse valor como se fosse lícito”, prossegue.
Apesar de não haver ilegalidade na realização de bailes funk, Zampronho ressalta que pode haver condutas criminosas nos eventos, como a venda de drogas e o porte ilegal de armas de foto.
Segundo o promotor, a investigação continua, com os documentos apreendidos na operação desta manhã. “Agora que foi apreendido o material na data de hoje, inclusive as anotações relacionadas a trafico, serão usados nas investigações, que continuam e pode ser que tenham uma nova etapa, nova deflagração no futuro”, comenta.
