O Governo de São Paulo decretou nesta terça-feira (5) o estado de emergência em saúde pública para a dengue após o Estado atingiu 300 casos confirmados por 100 mil habitantes. A medida foi definida após recomendação do COE (Centro de Operações de Emergências).
O decreto permite que os municípios programem ações com maior agilidade e recebam recursos adicionais do governo federal. Cada município, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.
Segundo portaria do governo federal, os incrementos financeiros para emergências deverão ser enviados ao Estado, a partir de agora, para investimento em vigilância em saúde, atenção primária e atenção especializada.
Em São Paulo, os recursos serão destinados, prioritariamente, para aquisição de máquinas de nebulização e insumos, contratação de pessoas e ampliação da capacidade da rede.
O Plano de Ação à Emergência em Saúde Pública, que aborda uma sequência de ações diferenciadas e construídas a partir da experiência no enfrentamento das transmissões anuais de dengue.
Para priorizar a transferência de pacientes na rede estadual, que necessitem de leitos de alta complexidade, a Secretaria de Estado atualizou a orientação para a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), para que todos os pacientes suspeitos para dengue tenham prioridade.
Dengue em números
Dados atualizados até 4 de março mostram que 131 municípios do Estado registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Ao todo, 22 municípios paulistas decretaram emergência.
De acordo com a plataforma do governo estadual, desde o início do ano os grupos de vigilância epidemiológica confirmaram 138.259 casos da doença e emitiram 361.690 notificações.
Neste momento, 169 pessoas estão com dengue grave e 1.821 estão em sinal de alarme. A doença já provocou 31 óbitos no Estado, e 122 mortes estão em investigação. Confira outros dados aqui.