A greve dos motoristas de ônibus em São Carlos pegou muita gente de surpresa nesta segunda-feira (27). Trabalhadores que estão no Centro não sabem como voltarão para casa.
Alguns terão que enfrentar uma caminhada no retorno, uma vez que transporte por aplicativo não é uma opção viável financeiramente. Outros dependerão da sorte ou de carona de parentes para retornar.
Angélica Sanchim mora no distrito de Santa Eudóxia e não sabe como voltar a casa após ir ao Centro da cidade pagar contas.
Na vinda, ela contou com a carona de um irmão. Para voltar, como não há ônibus, terá que esperar algumas horas até a saída do filho do trabalho.
“Vou esperar pelo meu filho ou se por ventura, o ônibus voltar a funcionar”, afirma.
Se fosse voltar com carro de aplicativo, Angélica teria que desembolsar R$ 45.
A diarista Carla Neves veio ao Centro para trabalhar. Como não havia ônibus pagou R$ 10 – o equivalente a duas passagens do coletivo – para chegar ao emprego com veículo de aplicativo. Na volta terá que desembolsar mais para chegar a tempo de pegar o filho na escola.
“Os ônibus precisam voltar, porque eu preciso deles para também levar a minha filha para o médico. Ela precisa fazer um raio-x e não sei o que fazer”, lamenta.
O aposentado Moacir Celestino de Souza, de 78 anos, e sua esposa andaram a pé desde o Jardim Jacobucci para fazer compras no Centro. O clima da manhã colaborou, mas a volta pode não ser tão tranquila, uma vez que há esboço de chuva no céu.
“Dá meia hora, é uma caminhada puxada. O plano era vir de ônibus, mas como não vinha decidimos voltar a pé. Só descobri que tinha greve quando cheguei aqui”, afirma.
A assistente administrativa Letícia Hipólito, de 19 anos, chegou ao local de trabalho na van da firma e não sabe como voltará para casa.
“Daria para voltar, mas são quase duas horas andando. Eu não tenho ninguém para me socorrer agora, Uber está caro. Eu sei que é direito deles, mas nos pegaram de surpresa”, comenta.
O que os motoristas querem?
Os profissionais do transporte coletivo urbano reivindicam 15% de aumento salarial e 50% no vale-refeição.
Todas as linhas do transporte coletivo estão paradas. A Prefeitura afirma que a paralisação é “totalmente ilegal”.
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