São Carlos (SP) vai retomar o ensino presencial obrigatório na segunda semana de novembro, revelou a secretária municipal da Educação, Wanda Hoffmann, em entrevista à CBN São Carlos na manhã desta quinta-feira (14).
A pasta trabalha com o dia 8 de novembro para o retorno presencial após os feriados da primeira semana. Dias 2 e 4 de novembro são feriados no município. De acordo com Hoffmann, a obrigatoriedade deve valer apenas para os alunos dos ciclos 1 e 2 do Ensino Fundamental. São dez escolas municipais que atendem este público na cidade.
“A educação infantil vamos continuar com o ensino remoto e presencial gradual. O infantil nas faixas 1 e 2, de 4 meses até 2 anos e pouco, vai retornar na rede municipal no ano que vem”, afirma.
A secretária da Educação contemporizou a defasagem no calendário municipal ao estadual. Três semanas vão separar os retornos da rede paulista da são-carlense. “Isso é de muito anos. Nós temos que nos preparar para este retorno, que não é fácil. Tem vários elementos aí”, comenta.
Retorno escalonado
Na cidade as aulas presenciais retornaram presencialmente e de forma escalonada em 30 de agosto de 2021 com a volta dos alunos do Ensino Fundamental I (de 6 a 10 anos) e Ensino Fundamental II (de 11 a 14 anos) e do EJA (Educação de Jovens e Adultos), porém com capacidade de ocupação de 35% até 50% dependendo da escola.
No dia 27 de setembro retornaram os alunos da Educação Infantil das fases 4, 5 e 6.
Na segunda retornarão de forma gradual os alunos da Fase 3, pois as fases 1 e 2 não terão aulas presenciais em 2021. As aulas remotas continuam sendo oferecidas a todas as fases da Educação Infantil para os matriculados cujos pais e responsáveis optaram pelo ensino não presencial.
Transmissão cruzada
O professor de medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da Fiocruz São Paulo, Rodrigo Stabile, avalia que há risco de transmissão cruzada da Covid-19 entre alunos no ambiente escolar, o que pode ser diminuído com a adoção de medidas sanitárias já conhecidas da população. Distanciamento físico, uso de máscara e de álcool gel fazem parte da recomendação.
“Esse risco deve ser calculado pela escola e agentes sanitários locais e estaduais. Se adotados os procedimentos corretos fica diminuída (a transmissão)”, opina.