Com a chegada gradativa do sinal 5G no Brasil, cresce a preocupação de famílias que têm acesso à TV aberta por meio da antena parabólica, que deverão trocar a antena para continuar assistindo aos principais canais.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), existem cerca de 1,6 milhões de antenas parabólicas no Estado de São Paulo, o que significa mais um gasto para continuar tendo acesso à TV aberta nestas casas.
“A gente acha ruim, porque você vai deixar de ter um equipamento que funcionava perfeitamente para ter que comprar outro”, relatou o aposentado Antônio Luis Rejane.
Por que afetará o sinal da TV aberta?
A implantação completa do 5G no país desligará o sinal da TV aberta por meio das antenas parabólicas, isso porque esse tipo de antena utiliza uma faixa de frequência do tipo Banda C, similar à faixa utilizada pelo 5G, o que provocaria uma interferência na transmissão.
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Para evitar esse conflito na transmissão, o sinal da TV aberta parabólica deverá migrar para a Banda Ku de frequência, o que demandará a troca da antena, do alimentador e, em alguns casos, do receptor.
“As pessoas vão continuar recebendo sinal de TV aberta de forma livre e gratuita, mas terão de fazer a troca dos equipamentos, assim como foi quando o sinal deixou de ser analógico e passou a ser digital. Nesta época, as pessoas também tiveram de comprar o conversor digital ou um televisor que já tivesse o conversor integrado”, explicou o diretor de tecnologia da EPTV, José Francisco Valencia.
Para minimizar os impactos, o Governo Federal disponibilizará kits para a conversão de sinal de forma gratuita, porém, os novos equipamentos poderão ser acessados somente por famílias que estão cadastradas no CadÚnico.
Já aquelas que não integram o Cadastro Único, deverão fazer a aquisição dos kits para continuar tendo acesso aos canais abertos, sendo que os preços dos novos equipamentos variam entre R$ 400 e R$ 800, dependendo da marca.
Vale lembrar que a migração do sinal somente será concluída após a instalação completa do 5G nas capitais e regiões do país, mudança que ainda não tem prazo previsto para acontecer. Enquanto não houver a migração, o sinal da TV aberta por meio das antenas parabólicas segue funcionando normalmente.
*Com informações da EPTV
