A lotação em ecopontos de São Carlos está gerando reclamações dos moradores, que não conseguem descartar seus materiais nos pontos de recolhimento e ainda convivem com entulho e água parada em vias públicas. Em retorno, a prefeitura disse que os ecopontos não estão sendo limpos pela empresa contratada desde novembro.
A situação tem sido difícil para quem mora pela região. Com os espaços internos lotados, o lixo vem sendo despejado nas calçadas e vias públicas que ficam nos arredores dos ecopontos. O problema complica ainda mais no verão, período que acende alerta para a dengue.
Na casa da moradora Ana Paula Gonçalves, o aparecimento de bichos peçonhentos tem se intensificado com a sujeira. “Rato, baratas, muito pernilongo, agora é época de dengue. Está horrível, sem condições, eu tenho criança pequena e a gente fica muito preocupado. O pessoal não respeita, joga em qualquer horário”, disse.
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Entre o fim do ano passado e o começo desse ano também foram registrados incêndios de grandes proporções que acabam preocupando ainda mais a população pelos riscos.
“Há uns dois meses começou a ficar nessa situação, e agora ficou dessa forma, com o lixo para a rua o tempo todo, pessoal jogando e a prefeitura não leva embora. Já houve incêndios de proporções muito grandes, atingindo a fiação, uma situação bastante assustadora”, disse o analista administrativo Isael Mangerona.
O que dizem os órgãos competentes
De acordo com o secretário municipal adjunto de Serviços Públicos, José Augusto Santana, a empresa que opera os ecopontos não limpa os pontos de coleta desde novembro, quando ocorreu um incêndio na área de transbordo da antiga Fazenda Guaporé e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) impediu o uso da área.
A pasta informou que foi aberta uma licitação para o serviço de recepção, manejo e triagem de resíduos, porém o processo foi judicializado. Com isso, a administração salientou que não irá solicitar licenciamento de uma nova área porque o edital do processo licitatório prevê que a empresa vencedora tenha área licenciada pela Cetesb. Enquanto isso, os ecopontos não deverão ser limpos.
“A prefeitura depende do andamento do processo de licitação, que aguarda decisão judicial para prosseguimento. Estuda-se a contratação emergencial do serviços de recepção, manejo e triagem de resíduos, em carater temporário, até que se defina a contratação definitiva por meio da licitação”, afirmou Santana.
Já a Cetesb informou que não interditou a área de transbordo e que a administração recebeu duas advertências por irregularidades, uma delas por dispor inadequadamente no local resíduos da construção civil e de inertes e outra pela queima de resíduos ao ar livre, o que provocou um incêndio. “Até o momento, a prefeitura não entrou, junto à CETESB, com pedido para licenciamento de uma outra área para transbordo”, diz a nota.
*Com informações da EPTV Central.
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