Em crise financeira e agora impedida de operar linhas rodoviárias pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Itapemirim chegou a manifestar interesse no transporte público de São Carlos, mas não participou da licitação.
Documentos da licitação mostram que a empresa chegou a enviar questionamento à Prefeitura indagando sobre a comprovação de atividade anterior compatível à operação de transporte coletivo de passageiros dentro de município.
Em resposta, a administração confirmou que uma viação que transporta passageiros em rotas intermunicipais, interestaduais e até internacionais pode entrar na concorrência, desde que comprove ter o mínimo de veículos estabelecido no edital e ter transportado, ao menos, 504 mil passageiros por mês.
Então em andamento, a licitação chegou a ser suspensa para readequação do edital. Na primeira versão, a Prefeitura errou a forma de precificação e determinação do vencedor a concorrência e congelou o processo.
Reaberta, a licitação não teve a Itapemirim na entrega dos envelopes. Ao fim, apenas a Rigras, subsidiária da Suzantur atual operadora do transporte na cidade, e MJM Transporte decidiram ingressar na concorrência.
O processo se encontra em andamento. O primeiro dos dois envelopes foi aberto e passa por análise de documentos que possam comprovar a capacidade de as empresas serem operadoras do transporte. O segundo será aberto futuramente e revelará a melhor proposta.
Histórico de problemas
A Itapemirim vem frequentando os noticiários recentemente com destaques negativos, como o fracasso do ingresso na operação aérea – a ITA – e resultados financeiros negativos. O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, revelou em reportagem hoje que a Itapemirim recebeu 3 mil multas da ANTT que somam R$ 37,8 milhões em autuações nos últimos três anos. Falta de equipamentos obrigatórios ou defeitos, condições precárias e ter deixado o passageiro a pé com a passagem na mão foram alguns dos motivos das sanções.