A Justiça decretou a prisão temporária de Maria Angélica Macedo da Silva. Ela é conhecida como “madame do crime” e é suspeita de ter participado de um assalto durante um encontro marcado por um aplicativo de relacionamento, informou a Polícia Civil nesta terça-feira (26).
A advogada Luzia Helena Sanches, que representa Maria Angélica, disse que sua cliente nega a autoria do crime e poderá se apresentar “conforme for”.
“Na sexta-feira (29), devo ir para São Carlos, daí terei acesso a esses boletins de ocorrência. Conforme for, a Maria Angélica vai se apresentar. Ela não está foragida. Ela está vivendo a vida dela normalmente. Enquanto não tivermos acesso aos boletins, ela não vai se entregar”, comenta.
Desde que saiu da prisão, em maio de 2019, Maria Angélica “sempre trabalhou”, afirma a advogada, que acrescenta que a jovem já vendeu suplementos alimentares para praticantes de musculação e também como vendedora em loja. “Ela havia feito uma entrevista de emprego, inclusive em dezembro”, disse.
“Ela está, inclusive, sem saber porque estão sendo atribuídos esses assaltos. É muito estranho, pois ela saiu da cadeia há dois anos, não teve envolvimento em nada. Você pode ver que não se ouviu falar em Maria Angélica. Ela estava trabalhando e não teve nenhum problema com a Justiça e agora de uma hora para outra aparecem pessoas dizendo que foram assaltadas por ela? Ela nega veementemente”, comenta.
A advogada ainda afirmou que Maria Angélica nunca cometera crimes violentos no seu passado.
Encontro pelo Tinder
No dia 15 de janeiro, um autônomo de 29 anos foi vítima de roubo, em São Carlos (SP), durante um encontro marcado via aplicativo de relacionamento. O caso terminou com a vítima ferida e o carro e os pertences levados pelos bandidos.
A vítima informou em boletim de ocorrência que marcou o encontro em um aplicativo. A suspeita, então pretendente, tinha compleição atlética e 1,66 metro de altura. Durante a conversa, os dois combinaram ir à casa da avó dela, no Jardim Cruzeiro do Sul, para ter um momento a sós.
O assalto envolveu outros dois homens, que entraram no carro em momentos diferentes, como “caronas” induzidas pela suspeita. Após o anúncio do roubo e de ameaça de morte, a vítima entrou em luta corporal com um dos criminosos e pulou do carro em movimento.
O caso está sob investigação da Polícia Civil.