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CotidianoJustiça suspende registro de CAC de pai que matou instrutor em Araras

Justiça suspende registro de CAC de pai que matou instrutor em Araras

Daniel Yoneshige, de 41 anos, foi detido pela morte de Nelson Ré Soares, de 29, mas alegou legítima defesa e foi liberado sem fiança; caso segue em investigação

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O instrutor Nelson Ré Soares, de 28 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu em Araras. Foto: Reprodução/Facebook
O instrutor Nelson Ré Soares, de 28 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu em Araras. Foto: Reprodução/Facebook

A Justiça de Araras determinou a suspensão cautelar do registro de CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) de Daniel Yoneshige, preso após o assassinato do instrutor de academia Nelson Ré Soares, de 29 anos, após discussão e agressão envolvendo a filha do suspeito. 

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O caso segue em investigação da Polícia Civil e inicialmente foi considerado como legítima defesa. Daniel não tinha passagens pela polícia e trabalha e mora na região da comarca, portanto foi concedida liberdade provisória sem fiança “sob a condição de comparecer perante a autoridade policial e judiciária todas as vezes que for intimado para atos do inquérito, da instrução criminal e para o julgamento”. 

O instrutor teria ameaçado a filha de Daniel, que era estagiária na academia e, após uma discussão, também agrediu a jovem, segundo a defesa. O atirador declarou que efetuou os disparos em defesa da filha e que a vítima veio em sua direção, disparando para que ele não se aproximasse. 

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Suspensão de registro de CAC
Na decisão de suspensão do registro de CAC, o juiz afirma que há “indícios de irregularidade do porte da arma utilizada para o cometimento do homicídio”. Segundo a polícia, ele tinha autorização para posse de arma, que é a permissão para adquirir uma arma de fogo.

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A defesa alegou que ele voltava de um clube de tiro e, por isso, estava armado. Mas, conforme depoimento de Daniel, o juiz afirmou que “ele saiu armado de casa com a arma sem que estivesse em trânsito para estande de tiro, e sabendo que iria se encontrar em situação potencialmente conflituosa”. 

Instrutor de academia foi morto por pai de funcionárias em Araras. Foto: Beto Ribeiro Repórter
Instrutor de academia foi morto por pai de funcionárias em Araras. Foto: Beto Ribeiro Repórter

Crime após discussão
Antes do crime, duas ocorrências foram feitas na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) contra o instrutor envolvendo constrangimento em ambiente de trabalho e ameaça. 

No dia do assassinato, a filha de Daniel teria sido ameaçada por ele, e o pai foi buscá-la no trabalho porque ela estava apreensiva. Segundo o advogado de defesa do pai da jovem, Rafael Schimidt, quando o pai chegou, o instrutor foi até o carro e iniciou uma discussão, agredindo a estagiária com um soco no rosto. 

“O pai pediu para o rapaz parar, mas ele foi para cima. Ele sacou a arma, deu aviso de parada, ele não parou. Ele efetuou um disparo, o rapaz não parou, ele efetuou outro disparo e o rapaz veio a solo. Depois viemos saber que ele veio a óbito”, contou o advogado ao g1 São Carlos. 

O professor foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

Daniel foi abordado pela Polícia Militar em Limeira, a cerca de 38 km de Araras, e foi levado para a Central de Polícia Judiciária, onde confessou o crime. Ele apresentou a chave de um cofre onde havia guardado a pistola ponto 380 usada no crime, que foi apreendida. 

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