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CotidianoMãe de bebê que morreu de Covid vê negligência no atendimento

Mãe de bebê que morreu de Covid vê negligência no atendimento

Hospital Dona Balbina nega acusações e diz que a morte foi uma fatalidade. Polícia Civil e Ministério Público investigam o caso.

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Bebê de 4 meses morre de Covid-19 em Porto Ferreira. Foto: Reprodução/EPTV

 

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A mãe de um bebê de 4 meses que morreu de Covid-19, em Porto Ferreira (SP), acusa o hospital Dona Balbina de negligência. 

O provedor do hospital, Gilson Fantinato, negou as acusações e chamou a morte de fatalidade. Ele afirmou que o atendimento foi feito por profissionais competentes, que seguiram todos os protocolos. 

A mãe da criança, Elizangela Damas, registrou um boletim de ocorrência e o caso será sendo apurado pela Polícia Civil e o Ministério Público.
Morte 

Daniela Alves da Silva deu entrada no pronto-socorro do hospital, no dia 21 de março, com um quadro de febre, diarreia e vômito e morreu antes de ser internada. 

Mas Elizângela conta que já havia levado a criança para atendimento por outras duas vezes, uma no sábado (19) e outra no domingo (20), sem que os médicos dissessem o que ela tinha. “No sábado ele só passou remédio para chiadeira, um remédio para alergia, e sobre o quadro de diarreia ele disse que era normal e me mandou embora para casa. No domingo, ela piorou a diarreia, levei de volta e a médica não receitou nada para a chiadeira que a menina tinha no peito, receitou soro, remédio para vômito e disse que a menina estava com aquele quadro porque ela estava desenvolvendo uma desidratação e me mandou pra casa”, contou. 

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Com a piora do quadro da filha, Elizângela voltou ao hospital na segunda-feira e disse que esperou horas pelo atendimento. “Na segunda, já levei ela ruim, sem respirar, com falta de ar, chiadeira no peito. Cheguei no hospital às 16h, eles foram fazer o primeiro atendimento na menina às 18h. O médico já sabendo que ela estava com pneumonia, que ela estava com falta de ar. Foram socorrer a minha filha [quando] ela já estava morrendo, por volta das 20h e pouco. Quando eles foram socorrer ela, levaram ela para dentro, já não deu muito tempo porque ela morreu às 20h30”, contou. 

Segundo a mãe, a justificativa do médico foi que a menina não resistiu porque estava com Covid. O teste só foi feito após o óbito.
Sem se conformar, Elizângela fala em descaso e decidiu registrar o boletim de ocorrência. 

“Eu espero justiça, para que outras pessoas não venham a passar o que eu passei. Porque o que eu passei lá dentro [do pronto-socorro] só eu que sei. É duro perder um filho. Eu levei minha filha, quando eu pus a minha filha na mão deles, a minha filha estava viva, aí eles vêm me mostrar uma criança morta?”, afirmou. 

“Sem contar que eles tinham dito pra mim que a minha filha estava melhorando, que a minha filha não corria risco de vida e, de repente, do nada, ele me dá a minha filha morta. Quero justiça para ele não fazer mais esse descaso porque foi um descaso. Ele fez um juramento para salvar vidas, não para deixar perder vidas como ele fez com a minha filha”, disse a mãe.
Ministério Público apura 

Em nota, a Promotoria de Justiça de Porto Ferreira informou que está “ciente e acompanhando o caso, havendo, inclusive, investigação em andamento na Polícia Civil após a lavratura de boletim de ocorrência no dia 24/03/2022. Contudo, como os fatos envolvem vítima menor de idade e dados médicos cobertos por sigilo, não é possível o compartilhamento de documentos ou informações detalhadas dos autos”, informou no comunicado. 

A prefeitura abriu uma investigação de atendimento hospitalar, que ocorre em todos os casos de morte de criança. 

*Com informações do G1 São Carlos e Araraquara. 

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