O Ministério da Saúde incorporou a Qdenga, vacina contra dengue, no SUS (Sistema Único de Saúde). A previsão é de que sejam entregues 5 milhões de doses no próximo ano, até novembro, e ainda estão sendo definidas as estratégias de utilização delas. O esquema vacinal será composto por duas doses.
Neste primeiro momento a vacina não será utilizada em larga escala porque o laboratório fabricante, Takeda, tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses, e por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias.
Agora, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalhará junto à Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, com público alvo prioritário e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses.
Cronograma de entrega proposto pela fabricante:
- Fevereiro – 460 mil doses;
- Março – 470 mil doses;
- Maio – 1.650 milhão de doses;
- Agosto – 1.650 milhão de doses;
- Setembro – 431 mil doses;
- Novembro – 421 mil doses.
O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia.
A infecção por dengue gera uma doença que pode ser assintomática ou apresentar formas mais graves, evoluindo ocasionalmente ao óbito. A forma viral clássica envolve sinais e sintomas, tais como: fraqueza muscular, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
Avanço no país
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até junho de 2023, ocorreram 2.162.214 de casos e 974 mortes por dengue no mundo. Em 2022, foram notificados 2.803.096 casos de dengue na Região das Américas, sendo a maior parte deles no Brasil (2.383.001), que também liderou a ocorrência de formas graves, juntamente com a Colômbia.
Ante a projeção de aumento de casos no Brasil nos próximos meses, o Ministério da Saúde vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses.
A pasta também inaugurou a Sala Nacional de Arboviroses (SNA), espaço permanente que vai permitir o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos dessas doenças nos próximos meses.