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CotidianoMorre Amarílio Ferreira Jr, professor da UFSCar e estudioso da educação pública

Morre Amarílio Ferreira Jr, professor da UFSCar e estudioso da educação pública

Docentes afirmam que “uma luz se apagou” no estudo e na defesa da educação pública; entidades defendem legado e exemplo para as próximas gerações de professores

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A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) informou nesta quinta-feira (4) o falecimento do professor Amarílio Ferreira Júnior, do Departamento de Educação.

O docente morreu na quarta-feira (3) e será velado e sepultado em Campo Grande/MS.

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Amarílio era casado com a professora Marisa Bittar, também da UFSCar, com a qual assinou conjuntamente o livro “A Educação Soviética”.

Nascido em 1951, Amarílio atuou como titular no Departamento de Educação e foi dirigente da Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar), entidade que ele presidiu entre 2017 e 2021.

“O professor Amarílio produziu conhecimento inédito no campo da pesquisa acadêmica, com temáticas de História da Educação que abrangeram o período da ditadura militar, o movimento sindical de professores da escola pública e o ineditismo da educação soviética”, afirma a nota publicada na rede interna de comunicação da instituição.

Morte repercute

O senador Márcio Bittar (União/AC) lamentou a morte de Amarílio, de quem era cunhado.

“Hoje perdi meu cunhado na última batalha contra o câncer. Um homem íntegro, generoso e que se fez presente desde a minha infância. Obrigado por tudo. Vá em paz!”, afirmou em rede social.

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Os professores João Virgílio Tagliavini e Maria Cristina Braga Tagliavini parafrasearam Antonio Gramsci e comentaram que “uma luz que se apagou” no estudo e na defesa da educação pública, gratuita de qualidade.

“Ele lutou muito contra a Ditadura Cívico-Militar e ajudou a derrota-la”, afirmou em rede.

A Adufscar, entidade presidida por Amarílio até 2021 ressaltou a defesa “apaixonada e intransigente da educação pública”.

O Sintufscar (Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da UFSCar) mencionou que o docente “deixou o seu legado, não só como reconhecido e dedicado professor na sua área de atuação, como pela sua militância e sua atuação política e sindical na universidade e fora dela”.

A Sociedade Brasileira de História da Educação desejou que o legado de Amarílio “e sua dedicação em popularizar a ciência, e defender a universidade pública, laica, gratuita e de qualidade sejam exemplo para a atual e as próximas gerações de acadêmicos”.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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