Um caso de estupro praticado por motorista de aplicativo está em investigação pela Polícia Civil de São Carlos (SP). A vítima, uma manicure de 26 anos, disse ter acordado sem as roupas após uma viagem contratada por aplicativo.
O caso ocorreu na noite de sexta-feira (1º) e foi atendido pela Polícia Militar. A vítima encontrava-se na Santa Casa quando os policiais foram acionados via Copom.
Segundo o boletim de ocorrência, a manicure relatou que chamou um Uber após sair de uma festa e foi atendida por um motorista em um Citroën C3 preto, com placas de São Carlos. A vítima afirmou que o motorista passou a mão em suas pernas.
A manicure conta não se recordar de ato sexual, porém, cochilou durante a viagem e quando acordou estava nua e com dores no corpo. A viagem, segundo a vítima, foi finalizada em sua residência, no Antenor Garcia.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência levaram a vítima para o plantão policial, onde o delegado plantonista Caio Iberê Galvão Gobato fez o atendimento.
O delegado encaminhou a vítima para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O caso será encaminhado ao 3º Distrito Policial.
Através do aplicativo, foi possível a identificação do primeiro nome do motorista e placa do automóvel. A Polícia Civil obteve então os números do Renavam, do chassis e o nome do proprietário do veículo. O endereço que consta o documento do carro também fica disponibilizado em sistema. Entretanto, o suspeito não foi localizado.
Procurada pela reportagem, a vítima não quis falar sobre o assunto.
Uber se manifesta
Em nota, a Uber lamentou o crime, baniu a conta do motorista envolvido no caso e colocou-se à disposição das autoridades policiais para a elucidação da ocorrência.
A empresa afirmou que “repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência”.
Segundo a Uber, todas as viagens são registradas por GPS. “Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte às autoridades, observada a legislação brasileira aplicável, compartilhando informações sobre motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado, além de acionar seguro que cobre despesas médicas em caso de incidentes”.
A companhia afirmou que todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada.