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CotidianoNa Capital da Tecnologia, as "Meninas dos Códigos" revolucionam a TI

Na Capital da Tecnologia, as “Meninas dos Códigos” revolucionam a TI

Empresa de tecnologia investe e garante 38% de mulheres na equipe; ambiente diverso garante produtos mais adequados a usuários

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Mulheres garantiram maior diversidade em empresa de tecnologia. (Foto: Divulgação/F1RST)
Mulheres garantiram maior diversidade em empresa de tecnologia. (Foto: Divulgação/F1RST)

Na cidade que se tornou um celeiro de startups, as oportunidades na tecnologia nem sempre se dividem igualmente entre homens e mulheres. E a situação que replica a sociedade é mudada paulatinamente com iniciativas que levam mais mulheres para a frente do computador.

A F1RST, o braço de tecnologia do grupo Santander sediado no Onovolab, teve uma mudança de paradigma para atender os critérios de diversidade, inclusão e o tão comentado ESG (sigla em inglês que corresponde às boas práticas ambientais, sociais e de governança).

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No processo foi criado o Estação Code Girls, programa para levar mais mulheres para a tecnologia da informação. Um grupo pioneiro, de 50 jovens das mais diversas formações, passou por treinamento de três meses e se integraram à equipe. No trabalho, elas desenvolvem as mais variadas atividades, como desenvolvimento de aplicativos, cuidam de aspectos de segurança e sistemas internos do banco.

Uma das participantes é Renata Balthazar, de 34 anos. Formada em análise e desenvolvimento de sistemas (ADS), se viu em meio a pandemia de Covid-19 sem oportunidade de trabalho e sem perspectivas. Conseguiu uma vaga no programa e foi acolhida na empresa. Hoje, é analista de testes e trabalha nos ajustes finos dos aplicativos do banco para smartphones.

“Estou atuando em um aplicativo, então tivemos um treinamento envolvendo a tecnologia mobile. Agora quando trabalhamos com app a gente tem essa noção”, afirma.

O conhecimento para colaborar no desenvolvimento de aplicativo de banco foi adquirido por Renata ao longo da sua jornada na faculdade de ADS e em um “intensivão” na empresa de tecnologia. Como mulher, para estar onde está hoje, atravessou diversas situações. A primeira delas foi o preconceito e o temor de não conseguir se firmar em uma carreira dominada por homens.

“Desde a infância sempre gostei muito da área de tecnologia. Sempre joguei joguinhos. Não eram vistos com bons olhos esses ambientes relacionados às coisas tecnológicas. Tinha um local que poderia jogar videogame e o pessoal falava: nossa, porque você está indo a este lugar?”, comenta.

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Hoje em uma posição dantes inimaginável para quando era menina, Renata colhe os louros por persistir em uma área e trabalha ombro a ombro com outras mulheres. Quando chegou na leva das 50 “code girls”, a empresa de tecnologia contava apenas 20 mulheres, entre 100 funcionários. Hoje, são 110 mulheres e 38% da massa de trabalhadores da empresa.

“Tenho uma vida muito diferente, a oportunidade de pagar um carro. Nunca trabalhei numa empresa de uma magnitude dessas, uma multinacional. O que eu ganhava antes nunca chegou nem perto. Foi uma mudança brusca, em vários sentidos da minha vida”, conclui.

Para George Garrido, IT head (chefe de TI) da F1RST, a diversidade de gênero na empresa continuará a ser buscada com um perfil mais igualitário entre os trabalhadores. A ideia é que a startup siga a meta do grupo espanhol controlador de ter 40% de mulheres em cargos de chefia e direção.

“Nossos produtos são consumidos por homens, mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiências, idosos. Se trouxéssemos um tipo de perfil para criar as nossas soluções, isso vai ficar enviesado e a tendência é que façamos [o produto] para nós mesmos. A partir do momento que temos diversidade, temos um novo olhar, outra forma de fazer aquela entrega e aí conseguimos atingir o objetivo de dar a melhor experiência para os nossos clientes”, afirma.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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