Moradores de prédios próximos ao Córrego do Monjolinho convivem com a preocupação de que ocorram novos alagamentos na região da rotatória do Cristo. Desde o início do verão, em 21 de dezembro, em duas ocasiões o rio saiu de seu leito e inundou vias.
Na semana passada, 12 apartamentos do térreo e a garagem foram tomados pela água. Houve prejuízos com móveis e veículos no local.
No temporal do dia 28 de dezembro, a passagem da linha férrea da Rumo foi estourada pela força da água, mas a obra de emergência feita pela concessionária traz ainda mais preocupações aos moradores. A vazão está cerca de 70% menor, o que pode represar o rio até em situações de chuvas moderadas a fracas. A empresa foi notificada Prefeitura, mas alega que a obra atual dará lugar para uma ponte de tamanho adequado às necessidades do município, mas sem definições de prazo.
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O técnico em equipamento oftalmológico Vitor Oliveira Silva perdeu todos os móveis de seu apartamento na enchente da semana passada. Ele tem a moradia há seis anos, no andar térreo de prédio na Avenida Tancredo Neves. “Perdi parte da minha roupa, praticamente estou sem nada, vou ter que partir do zero como tivesse vindo ao mundo hoje”, afirmou.
Para o morador, as águas sobem mais rapidamente desde que a Rumo realizou a obra. Silva aponta que 30 minutos de chuva já são suficientes para que a água chegue até a porta do apartamento.
“Estrangulou mais ainda nessa obra [o rio]. Eles não estão analisando o efeito colateral que é tentar aliviar para aumentar a vazão de água”, disse.
Os moradores ficam em alerta quando começa uma chuva mais forte na região. Mensagens são trocadas em grupos e alguns protocolos de segurança; alarme sonoro pode ser acionado pelos condôminos e portaria quando há necessidade de evacuação dos apartamentos térreos.
“A Associação dos Engenheiros ontem soltou uma nota que a obra não foi feita de acordo com o que se necessita. Houve um estrangulamento de área e vazão. O que a gente tem de informação é que de 40 a 50 milímetros de chuva a gente está num risco de alagamento total”, disse o síndico Marcelo Lopes Dall’Antonia.
*Com informações da EPTV.
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