O verão brasileiro é conhecido por suas altas temperaturas, com algumas cidades e estados registrando médias de até 40 graus. Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, essa época do ano demanda uma atenção especial daqueles que possuem alguma doença cardiovascular pré-estabelecida, que já infartaram ou tiveram algum tipo de derrame.
“Porém, mesmo as pessoas que não tenham um registro de eventos cardiovasculares precisam tomar alguns cuidados, pois temperaturas acima dos trinta e dois graus já desencadeiam um aumento da espessura sanguínea, o que consequentemente eleva a frequência cardíaca e cria uma situação de risco para possíveis problemas”, alerta o cardiologista.
Logo, é imprescindível que as pessoas busquem formas de se refrescar e de manter o corpo em uma temperatura adequada, evitar o sol, tentar permanecer em ambientes com ar condicionado ou boa ventilação, além de lembrar sempre de beber bastante líquido, pois o calor contribui para a desidratação.
Dr. Yuri ainda ressalta que o outro extremo também pode ser prejudicial, já que baixas temperaturas desencadeiam o chamado mecanismo de vaso com ostricção, que é quando um vaso sanguíneo se fecha e aumenta a pressão arterial. “Um processo que também pode resultar em infarto ou derrame.”
“Portanto, pessoas que já tenham registro de acidentes cardiovasculares, que façam uso de medicamentos controlados e todos aqueles acima de 45 anos devem se manter especialmente atentos às mudanças climáticas, procurando atendimento médico caso notem sintomas característicos de um mal funcionamento do coração”, orienta o especialista.