Uma parceria entre a companhia B2W digital e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem promovido o desenvolvimento de projetos de tecnologia e informação para o e-commerce.
Criada com o objetivo de desenvolver recursos e ferramentas capazes de processar de forma automática textos e imagens de páginas do e-commerce, a parceria cresceu ao longo dos anos e se expandiu para outras áreas da Inteligência Artificial, como o Processamento de Linguagem Natural (PLN).
Em 2019, a B2W montou um laboratório dentro do Departamento de Computação da universidade, onde a equipe da UFSCar, que atualmente é composta por 12 bolsistas de mestrado e iniciação científica, tem conduzido estudos nas áreas de Automated Machine Learning (AutoML), Machine Learning Operations (MLOps) e Processamento de Linguagem Natural (PLN) para a companhia.
No último ano, um dos projetos buscou otimizar as informações oferecidas nos sites das marcas, por meio da extração, análise e processamento das informações dos produtos e da avaliação das informações apresentadas aos clientes. Em dezembro de 2020, a equipe apresentou ainda um artigo sobre os estudos realizados em Machine Learning na 19ª Conferência Internacional de Machine Learning e Aplicações, em Miami (EUA).
Oportunidade de crescimento
Além da tecnologia inovadora, a parceria também ajuda pesquisadores da universidade e a promoção de eventos científicos e o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de soluções inovadoras para o e-commerce.
“Uma das expectativas da companhia é crescer a parceria com a universidade por meio das pesquisas em nível de doutorado, oferecendo bolsas aos alunos ainda este ano”, disse José Ronaldo Pizani, diretor executivo de Gente & Gestão da B2W Digital.
Segundo Daniel Lucrédio, professor do departamento de Computação da UFSCar e vice-coordenador do programa de pós-graduação em Ciência da Computação da instituição, um dos pontos mais importantes da parceria é a complexidade e a riqueza de detalhes que existem nas situações reais vivenciadas no dia a dia de uma grande empresa como a B2W.
“A academia tende a olhar problemas de uma forma mais abstrata e conceitual, desprezando detalhes técnicos em prol da essência de uma solução elegante. Mas ao longo da parceria muitos desses desafios, aparentemente triviais, revelam questões de pesquisa fundamentais. Assim, essa proximidade com as empresas ajudam a deixar as pesquisas mais “pé no chão”, com um impacto que vai além dos papers publicados em revistas e conferências”, disse.
