O Instituto de Física de São Carlos e o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica começam nesta segunda-feira (18) uma nova pesquisa-piloto para tratamento de fissuras mamárias. O projeto deve durar 30 dias com chamada de dez pacientes lactantes voluntárias maiores de 18 anos.
O novo tratamento é feito através de aplicação de laser nas fissuras mamárias, sendo que este projeto também abrirá um espaço para difundir orientações para futuras mães, tendo em vista prevenir o aparecimento de fissuras nos seios, resultado de diversos fatores como o posicionamento da mãe e do bebê na hora da amamentação.
VEJA TAMBÉM
Motociclista é flagrado pilotando bêbado, com drogas e em moto furtada em São Carlos
Última semana do Inverno será marcada por forte onda de calor; veja previsão para São Carlos
As fissuras geralmente ocorrem mais no início da amamentação e também através de um conjunto de fatores que levam a esse quadro, de acordo Sabrina Peviani, fisioterapeuta e pesquisadora responsável pelo projeto.
“Faremos uso de dois instrumentos importantes: o primeiro, passar as orientações às lactantes e o segundo, o tratamento com laser. Para o tratamento das fissuras, com o uso da nossa tecnologia, calculamos a realização de entre três e seis sessões em cada paciente e em dias alternados. Conforme forem sendo obtidos os resultados desta primeira fase do projeto, iremos ainda este ano fazer uma chamada de cem lactantes que tenham fissuras mamárias para consolidar a pesquisa e com ela publicar um artigo científico, sendo que já sabemos que o laser é uma indicação para esse tratamento”.
Nesta chamada serão selecionadas 10 lactantes. Não poderão se inscrever pacientes em algum processo infeccioso, como, por exemplo, candidíase e histórico oncológico ativo.
“Ainda, acreditamos que o uso da tecnologia e da metodologia proposta, seja um divisor de águas na qualidade de amamentação do bebê e sem dores para as mamães”, acrescenta a pesquisadora.
Os pesquisadores veem benefícios muito grandes neste tratamento rápido, não-invasivo e indolor, atendendo a que a amamentação não é um processo fácil. Sabrina Peviani espera que com esse seu projeto possa auxiliar essas lactentes, principalmente minimizando as dores causadas pelas fissuras mamárias, que são o primeiro passo para o desmame precoce, podendo esse quadro levar a infecções mais complexas.
Com uma nova metodologia na aplicação do laser, este tratamento insere-se numa evolução dos equipamentos e protocolos desenvolvidos no IFSC/USP, em prol da sociedade, e que tem trazido vários benefícios aos mais diversos tipos de pacientes – tratando dores ou doenças crônicas, por exemplo.
Agora, com este tratamento, chegou a vez de se buscar uma melhora da qualidade de vida para as lactantes e para os bebês já no início de suas vidas.
As lactantes interessadas em participar deste projeto-piloto deverão se inscrever, a partir de hoje, na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos. O contato pode ser feito pelo telefone (16) 3509-1351.
LEIA MAIS
Presidente Lula participa de reunião com empresários em Nova York