- Publicidade -
CotidianoPesquisadores da USP desenvolvem método para desinfecção da água a baixo custo

Pesquisadores da USP desenvolvem método para desinfecção da água a baixo custo

Sistema usa tipo de argila, metais e luz solar, dispensa energia elétrica e pode ser aplicado em localidades mais pobres

- Publicidade -

Pesquisadores desenvolvem sistema de baixo custo para desinfecção de água. Foto: Agência Brasil

- Publicidade -

No mundo, mais de 800 crianças morrem de doenças como diarreia e outras infecções causadas por falta de saneamento básico e água contaminada. Neste panorama, tendo em vista que o tratamento da água chega a ter custo proibitivo em localidades mais pobres, um grupo de pesquisadores de São Carlos (SP) e da Nigéria desenvolve e aprimora meios mais baratos que inclusive podem ser usados em casa.

A proposta usa a energia mais abundante na terra e gratuita -, a solar, um tipo de argila (caulinita), casca de banana, sementes de mamão papaia e metais encontrados facilmente e teve resultados promissores. Segundo a professora Andréa de Camargo, da USP São Carlos, por usar a energia luminosa, pode ser instalado em locais sem acesso à eletricidade.

“Essas colunas podem ser instaladas e expostas à luz solar para fazer a descontaminação de água, especialmente em países que são banhados pelo sol a maior parte do ano, como é o caso da maior parte dos países africanos e claro o Brasil”, explica.

A ideia de usar esses materiais alternativos foi levantada pelo pesquisador Emmanuel Unuabonah, diretor do Centro Africano de Excelência para a Pesquisa Ambiental e Hídrica (Acewater, na sigla em inglês) e professor da Redeemers University, da Nigéria, em uma conferência realizada em 2017.

Segundo a professora, como o colega africano disse ter dificuldades em caracterizar alguns materiais, houve uma proposta para que realizasse ensaios nos laboratórios da USP em São Carlos. “Foi assim que iniciamos a colaboração que depois envolveu até vinda de outros estudantes dele não só para vir trabalhar no meu laboratório, mas também em laboratórios do Instituto de Química”, emenda.

- Publicidade -

O conceito do método é usar materiais baratos, disponíveis mesmo em países mais pobres. Como dispensa energia elétrica, pode ser usado em residências, como meio de desinfecção da água potável. Foram realizados testes com Escherichia coli, bactéria resistente que é encontrada inclusive no trato intestinal, e que pode causar infecção.

“Também podemos utilizar esse método para decomposição de antibióticos, produtos agrícolas que são descartados em efluentes e que também são nocivos à saúde humana e animal”, explica.

Segundo a professora, o método em aprimoramento não deixa resíduos na água de forma a gerar risco à saúde humana. Metais como cobre e zinco, usados no sistema, ficam em níveis abaixo do mínimo de segurança preconizado pela Organização Mundial de Saúde.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -