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CotidianoPesquisadores de São Carlos 'quebram' a resistência de bactérias com terapia de luz

Pesquisadores de São Carlos ‘quebram’ a resistência de bactérias com terapia de luz

Estudo abre um flanco na batalha contra as bactérias resistentes a medicamentos

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Uma terapia à base de luz desenvolvida em São Carlos reduz a resistência de bactéria a antibiótico.

O novo método pode colaborar no enfrentamento de bactérias que estão cada vez mais resistentes a medicamentos, melhorando a eficácia dos fármacos.

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A pesquisa, já publicada em revista científica, apresentou a inovação de modificar o grau de sensibilidade bacteriana a antibiótico de acordo com a dosagem.

O estudo é liderada pelo professor e pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato. A bactéria pesquisada é a Staphylococcus aureus, que pode causar desde infecção de pele até pneumonia.

Ficou demonstrado que o efeito da ação fotodinâmica “quebrou” a resistência dessas bactérias após a aplicação de cinco ciclos de terapia. A fotodinâmica usa luz e um material sensibilizador que, em contato com a luminosidade, ganha energia e reage com o oxigênio local, destruindo o microorganismo ou reduzindo a sua resistência aos antibióticos.

“Descobrimos que fazendo o processo fotodinâmico às vezes não é possível matar a bactéria, mas conseguimos destruir parte dos mecanismos que ela utiliza para se tornar resistente. Daí veio a ideia de tentar um choque oxidativo para torná-las novamente suscetíveis aos antibióticos”, afirmou Bagnato à Agência Fapesp.

A pesquisa tem como primeira autora Jennifer Soares, que assina com Kate Cristina Blanco, orientadora do estudo. A investigação científica acontece no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), ligado ao Instituto de Física da USP São Carlos.

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A pesquisa abre um flanco na batalha contra as bactérias resistentes a medicamentos. A OMS estima 15 famílias de microorganismos que não são afetados mais pelos fármacos conhecidos.

A indústria farmacêutica gasta bilhões de dólares no desenvolvimento de novos compostos para fazer frente ao desafio.

Todos os anos, cerca de 1,2 milhão de mortes são causadas por bactérias resistentes; outras 5 milhões são relacionadas indiretamente a elas. O custo global do problema, de acordo com a OMS, pode chegar a US$ 100 trilhões até 2050.

Bagnato explica que vem trabalhando há alguns anos particularmente com foco em pneumonia resistente, um dos tipos que mais levam à morte em unidades de tratamento intensivo quando se trata de casos de infecção resistente a antibióticos.

“Estamos perto de publicar outro artigo demonstrando uma técnica aplicada diretamente no pulmão. O paciente inala uma molécula indutora, fazemos a iluminação extracorpórea com infravermelho e reduzimos a resistência do microrganismo, combatendo a pneumonia, por exemplo”, antecipa o pesquisador.

Desde 2023, Bagnato está na Universidade Texas A&M (Estados Unidos), onde foi convidado a montar um laboratório de biofotônica no campus principal, localizado na cidade College Station, nos moldes do CePOF. Atualmente, ele está licenciado do IFSC, mas continua sua atuação nas pesquisas do Brasil.

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