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CotidianoPesquisas realizadas em São Carlos poderão ter prejuízo após corte da Capes

Pesquisas realizadas em São Carlos poderão ter prejuízo após corte da Capes

Município sedia diversos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) que dependem de bolsistas para a produção de pesquisas científicas

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Pesquisas poderão ter prejuízo com corte nas bolsas. (Foto: Leticia Tsuruda da Cunha)
Pesquisas poderão ter prejuízo com corte nas bolsas. (Foto: Leticia Tsuruda da Cunha)

Sede de diversos centros de pesquisa, São Carlos será especialmente afetada pelo encerramento dos repasses feitos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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Coordenadores de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) ouvidos pelo acidade on São Carlos afirmam que pesquisas poderão ser paralisadas pelo corte nas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O prejuízo é considerado incalculável, uma vez que dados poderão se tornar obsoletos até a retomada das pesquisas, gerando retrabalhos. Memorando enviado aos coordenadores informou a mudança nos repasses financeiros.

O corte das bolsas poderá afetar diretamente a produção científica na cidade. São quatro INCTs sediados na USP São Carlos e outros dois na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Além disso, a cidade pode ser impactada indiretamente, segundo o coordenador do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (Ineo), Roberto Mendonça Faria.

“Tem vários grupos dentro da USP, da Federal e da Embrapa que participam de outros INCTs que são coordenados fora de São Carlos. O prejuízo específico para a cidade de São Carlos é muito grande”, relata.
Os recursos da Capes representam 25% dos recursos do orçamento do Ineo. O congelamento impedirá que os institutos contratem novas bolsas.

“Isso é muito grave, pois interfere diretamente nas pesquisas que estão em andamento. Temos uma centena de INCTs que têm pesquisas em desenvolvimento. Há uma formação de recursos humanos em progresso, com mestrado, doutorado, pós-doutores e tudo isso terá um impacto”, critica.

Os coordenadores de diversos INCTs enviaram uma carta à Brasília pedindo uma reconsideração por parte da Capes. A esperança é que haja flexibilização na liberação das cotas.

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Para a coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE) da UFSCar, Deisy das Graças de Souza, afirmou que, diante da escassez de recursos habitual vivida pela ciência nacional, os INCTs tiveram o “maior cuidado” na hora de escalonar as bolsas ao longo de 2022, planejamento este que foi por água abaixo com as mudanças.

“Pesquisas em andamento podem ser interrompidas e o prejuízo é enorme, pois o perde o trabalho feito e o investimento. Uma coisa é não poder começar uma pesquisa nova, outra é ter que interromper um trabalho que levou muito tempo para ser preparado”, comenta.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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