São Carlos teve 102 interrupções no fornecimento de energia por pipas na rede elétrica no ano passado, mostra levantamento da CPFL Paulista. Houve queda nas ocorrências do tipo frente 2020, quando foram 127 quedas no fornecimento.
A concessionária identificou, nas cidades atendidas, crescimento de 5.17% nas ocorrências de pipas na rede. Esse número passou de 5.066 em 2020 para 5.328, em 2021.
Apenas nas cidades das regiões de São Carlos e Araraquara, os casos chegaram a 511 no último ano, mostrando que o isolamento social não impediu a brincadeira de pipas e, consequentemente, transtornos à rede elétrica.
Outro fato importante é que os casos não se concentraram durante os meses de férias escolares, como em outros anos, e tiveram números expressivos também em abril, maio, junho, agosto e setembro.
Na região Central, o município de Araraquara lidera o ranking com 148 casos, seguido de São Carlos com 102 e Matão com 58 ocorrências. Em Ibaté foram 15 casos no ano passado.
A CPFL reforça que as pessoas nunca busquem as pipas caídas em locais com equipamentos de energia, que podem causar acidentes e até morte.
Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples, indicados pela companhia. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer atropelamentos.
Não tente resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica, pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes, com vítimas fatais. O ideal é soltar pipas longe da rede elétrica. Se acontecer de o brinquedo ficar preso em um fio, a melhor atitude é dá-lo como perdido.
Além disso, vale destacar que no estado de São Paulo é crime usar o cerol ou a chamada “linha chilena”. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques. Por conta do seu poder cortante, essas linhas podem romper os cabos da rede e provocar curtos-circuitos, além de colocar em risco a vida de ciclistas e motociclistas.