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CotidianoProcurado por envolvimento em morte de metalúrgico de São Carlos é preso em SP

Procurado por envolvimento em morte de metalúrgico de São Carlos é preso em SP

Uma das envolvidas no crime é filha do cantor Belchior. Assassinato ocorreu em agosto de 2019, no Jardim Tangará.

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Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos. Foto: Divulgação

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Um dos investigados por envolvimento no assassinato do metalúrgico Leizer Buchiwieser dos Santos, em agosto de 2019, foi preso no último sábado (8). O crime ocorreu no Jardim Tangará. 

De acordo com a Polícia Civil, Bruno Thiago Dornelas Rodrigues, de 27 anos, foi encontrado pela Polícia Militar no bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo. 

Ele estava com um simulacro de arma de fogo e uma granada indoor luz e som. Apesar de estar sem documentos, Bruno foi identificado pelos PMs, que descobriram que ele estava sendo procurado pela Justiça.

Por conta disso, ele foi preso e encaminhado à carceragem. Os outros três envolvidos no crime, Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, Isabela Menegheli Belchior (filha do cantor Belchior) e Estefano Rodrigues, já estavam presos. 

Entenda o caso 

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De acordo com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Gilberto de Aquino, a vítima saiu para trabalhar no dia 26 de agosto de 2019 e não foi mais vista. Por conta disso, a família dele registrou o desaparecimento na Polícia Civil no dia 30 de agosto. 

No mesmo dia, poucas horas após o registro, a polícia acabou localizando o veículo de Leizer, que havia sido incinerado na área rural da cidade. 

O corpo da vítima foi encontrado por um sitiante em uma mata na região conhecida como Babilônia, no dia 1º de setembro.  

Leizer Buchwiser dos Santos foi encontrado morto em uma mata em 1º de setembro. Foto: Arquivo Pessoal

Investigação 

De acordo com o delegado, os comentários de alguns conhecidos da vítima nas notícias sobre a morte dele levantaram suspeitas. “Diziam que foi tarde, que canalha morre dessa forma. Algumas palavras que acabavam manchando a imagem do falecido. ” 

Em seguida, os policiais investigaram as pessoas que postaram essas mensagens e descobriram que Leizer costumava marcar programas sexuais pelas redes sociais. “A partir disso, nós ouvimos umas pessoas que falavam o seguinte: que quando ele marcava esses programas sexuais, ele acabava conversando com a contratada e perguntava se ela tinha filhos ou crianças, de preferência criança. E ele pagava a mais se ela levasse crianças para participar do ato sexual”, explicou Aquino. 

Durante essa investigação, o delegado contou que acabou descobrindo que Jaqueline havia feito contato com Leizer no dia do crime e teria marcado um encontro por R$ 500. “Ela disse que tinha uma criança, que seria filha dela. E ela acabou ‘emprestando’ uma criança. Falou para a cunhada dela, que nada sabia do fato, que levaria a criança, de 3 anos, para comer lanche no MC Donalds. Ela levou a criança para o encontro. A mãe da criança, que não sabia desse fato, pensou que a cunhada, que é tia da criança, iria levá-la para comer o lanche. ” 

Após marcar o programa, a mulher contou para o irmão dela, que é o pai da criança, mas não convive com a mãe. Além disso, também chamou um outro irmão e a namorada dela para participarem do encontro com Leizer. “Elas atraíram a vítima até o local na tentativa de obter uma vantagem, porque a vítima era pedófila e queria praticar sexo contra crianças. Nessa situação, dentro da residência, houve agressões físicas e depois acabaram matando a vítima no local, jogando o corpo em um lado da cidade e o carro da vítima do outro lado. Após esse fato, subtraíram dinheiro da vítima e sacaram R$ 500”, explicou Aquino.  

Prisão e interrogatório 

“A polícia concluiu que houve o crime de latrocínio, onde houve a participação de quatro pessoas, duas delas do sexo feminino, que atraíram a vítima para o local dos fatos, na residência delas. Elas mantinham contato via chat e a vítima queria manter relação sexual com uma criança. Elas trouxeram a criança de 3 anos até o local, juntamente com o pai e o tio da criança. Então envolveu o pai, o tio e a tia da criança e mais a Isabela [namorada da tia]”, afirmou Gilberto de Aquino. 

Ainda segundo o delegado, a tia da criança alegou que a confusão começou em um posto de combustíveis no Jardim Tangará, onde ela e a namorada foram tirar satisfação com Leizer sobre ele querer realizar o programa sexual com a sobrinha dela. 

Em seguida, a vítima teria seguido elas até a casa onde estavam o tio e o pai da criança, houve uma discussão e os envolvidos acabaram matando Leizer. 

No entanto, a polícia não acredita nessa versão apresentada pelas suspeitas. “A versão que é mais coerente em relação aos fatos foi a atração do Leizer para a prática criminosa de pedofilia. Lá ele caiu em uma emboscada e acabou sendo assassinado pelos quatro envolvidos”. 

Aquino disse que a tia da criança alegou que buscou a criança na casa da mãe apenas para comer um lanche. “Ela está tentando se defender de todas as formas, excluindo todo tipo de participação que a aponta e a coloca na cena do crime”, ressaltou o delegado. 

Ainda segundo a polícia, a namorada da tia assumiu que desferiu facadas contra Leizer, mas que teria agido em legítima defesa. “A Isabela assume a autoria e inclusive a agressão, mas alega que tentou se defender, porque ele a agrediu primeiramente e tentou manter sexo com ela de forma forçada, o que ela não queria. Os outros dois vieram em sua defesa e eles acabaram agredindo e ela deu o primeiro golpe de faca”, disse Aquino. 

O delegado ressaltou que a mãe da criança apenas autorizou a tia levá-la para comer um lanche, mas que não sabia sobre as intenções da cunhada. “A tia usou a criança para levar na cena do crime como atrativo para atrair um pedófilo. Depois acabaram matando o pedófilo no local”, concluiu Aquino. 

A vítima 

Leizer Buchwiser dos Santos trabalhava como metalúrgico em São Carlos.  

De acordo com o delegado Gilberto de Aquino, os indícios de que ele era pedófilo foram confirmados por outras pessoas além dos suspeitos do crime. “Há apontamentos de que ele tinha envolvimento com pedofilia, porque nós temos inclusive outras pessoas que acabaram colocando nas redes sociais, quando ele foi encontrado morto, de que ele fazia essa prática de pedofilia. Muitas pessoas já declararam isso, inclusive já vieram relatar esse fato aqui na delegacia”. 

“É um pedófilo e ele tinha intenção de manter sexo com a criança”, afirmou o delegado. 

Leia mais:  

– Tia que usou sobrinha para atrair e matar pedófilo é presa em São Carlos

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