Participantes do Instituto Cidadão, que busca empoderar a população de São Carlos (SP) com projetos sociais, criaram uma campanha de financiamento coletivo para iniciar o projeto Cozinha Cidadã, que tem intuito de arrecadar fundos para construir um espaço de negócios no ramo alimentício.
Percebendo a necessidade de falar sobre cidadania, o Instituto Cidadão foi criado através da união de 13 moradores que viram um futuro através da organização de projetos sociais no município.
“O Instituto, de forma geral, surge a partir do sonho coletivo em ativar uma organização do terceiro setor focada em ações voltadas à promoção da cidadania por meio de educação, do controle social, da geração de emprego e da comunicação popular”, comentou uma das fundadoras, Andréia Botelho, que também é coordenadora da Cozinha Cidadã.
Como primeiro projeto, surgiu a Cozinha Cidadã, uma cozinha coletiva que tem como ideia central oferecer, de forma gratuita, toda a infraestrutura necessária para que os usuários possam construir seus próprios negócios no ramo alimentício.
O foco é atender mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica, incentivando essas futuras microempreendedoras a utilizarem alimentos produzidos por meio da agricultura familiar, de cooperativas e de assentamentos.
Para iniciar o projeto, a equipe realiza uma campanha de financiamento coletivo com o intuito de arrecadar fundos para a reforma do local e a compra de equipamentos, como geladeira, fogão e freezer. (Veja mais informações abaixo)
Conheça a Cozinha Cidadã
O projeto é idealizado pela estudante de Terapia Ocupacional na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Natália Castro. No final de 2018, a estudante e seu esposo criaram o Quitute Cozinha Afetiva, um microempreendimento que segue a tradição da família e busca oferecer aos consumidores uma alimentação saudável, baseada em processos artesanais.
Em 2019, a estudante conheceu o atual vereador do primeiro mandato coletivo de São Carlos, Djalma Nery Ferreira Neto, e também fundador do Instituto. Entre conversas, Neto ofereceu a cozinha da sede da organização para que ela pudesse produzir seus alimentos.
“Eu possuía uma cozinha adequada para o trabalho, porém era relativamente pequena, o que atrapalhava um pouco a logística de produções em dias mais movimentados, então aceitei o convite do Djalma e começamos a conversar sobre a cozinha”, explicou Natália.
Assim, em janeiro de 2021, composta por quatro idealizadores, surgiu a Cozinha Cidadã, que irá ceder às mulheres um espaço equipado para a produção coletiva de alimentos.
Para o futuro, os envolvidos ainda pretendem usar o espaço para oferecer cursos de administração, marketing e cultivo de alimentos, além de uma rede de escoamento, chamada Armazém Cidadão, para alavancar ainda mais os negócios das produtoras.
Financiamento coletivo
A primeira meta é arrecadar R$ 7,5 mil até dia 30 de janeiro, verba que será destinada para a reforma do espaço e para a compra de equipamentos básicos. Quem quiser contribuir, poderá acessar o site da campanha.
Em seguida, a arrecadação terá três novas etapas para custear a troca do fogão e do forno para utensílios profissionais, além da remuneração da equipe, que hoje trabalha de forma voluntária, mas pretende se dedicar integralmente ao projeto.
“Tendo em vista que qualquer valor de contribuição neste momento é necessário, disponibilizamos recompensas para todos os valores de contribuição. Elas vão desde um vale-compra para utilização no Armazém Cidadão até o acesso a infraestrutura da Cozinha para realizar um evento”, explicou Andréia.
*Com informações do G1 São Carlos e Araraquara.