O Rio Mogi Guaçu atingiu neste mês de agosto, em Pirassununga (SP), o nível mais baixo dos últimos sete anos com a chegada do inverno, uma época tipicamente seca na região.
Segundo a Defesa Civil, mesmo em 2014, ano marcado pela crise hídrica em todas as regiões do país, o volume de água do rio não havia reduzido tanto quanto o verificado em 2021.
O levantamento feito pela defesa revela que em agosto de 2014 o rio apresentou uma vazão de 19,7 metros cúbicos por minuto (M/M) e, no mesmo mês deste ano, a vazão observada foi de 19,06 M/M. O órgão afirma, ainda, que a vazão considerada regular para o mês de agosto é de 45 M/M.
“É uma diferença grande na vazão do rio e isso nos preocupa, porque ainda temos um longo período de estiagem para enfrentar até o final da estação, o que pode fazer com que o nível reduza ainda mais. Foram poucas as vezes que vimos o rio dessa forma e isso é muito triste”, afirmou o coordenador da Defesa Civil Paulo Tannus.
Um dos principais fatores para a seca do rio é a falta de chuvas na cidade. A última chuva significativa para o reabastecimento dos cursos dágua foi registrada há 150 dias, na segunda quinzena de março deste ano, com um volume de 13,5 milímetros.
De janeiro a agosto de 2021 o volume registrado do rio foi de 277 mm, contra 554 mm verificados no mesmo período de 2020. Essa diferença representa uma queda quase pela metade do nível do rio em apenas um ano.
Incêndios
Outro reflexo da falta de chuvas e do tempo seco são os incêndios, que têm ocorrido com frequência na cidade. Durante os 12 meses do ano passado foram registradas 219 queimadas. Em 2021, já foram notificados mais de 220 focos de incêndio somente até agosto.
De acordo com o rastreamento realizado pela Defesa Civil em parceria com a AFA, as três maiores ocorrências de incêndio registradas no mês de agosto deste ano na cidade consumiram, juntas, 170 alqueires, entre matas, florestas e terrenos.
*Com informações do G1 São Carlos.