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CotidianoSaae prepara investimentos em captação de água, distribuição e melhorias em ETE

Saae prepara investimentos em captação de água, distribuição e melhorias em ETE

Plano foi revelado pelo presidente da autarquia; milhões vindos de empréstimo serão usados também para levar rede de esgoto ao Varjão

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Estação de Tratamento de Esgoto Monjolinho terá capacidade de operação dobrada. Foto: Divulgação / Saae São Carlos

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (Saae) está viabilizando para os próximos meses investimentos em diversas áreas, como perfuração de novos poços, instalação de rede de esgoto e reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Monjolinho. A informação foi dada pelo presidente da autarquia, Benedito Marquezin, em entrevista ao ACidade ON.

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Os aportes têm diversas fontes, desde recursos próprios em menor medida -, passando por financiamento bancário e recursos federais, como os do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O principal deles é uma linha de crédito com o Banco do Brasil que deverá liberar R$ 24 milhões para o pagamento de obras em várias frentes.

Na mira da autarquia está a ampliação da oferta de água para fazer frente à demanda crescente. Para isso, o Saae estuda perfurar novos poços artesianos para captação. São Carlos já tem 28 dispositivos do tipo. “Precisamos perfurar poços, alguns poços profundos, porque a cidade está crescendo e precisamos acompanhar a demanda de água”.

Já na distribuição, o órgão quer aumentar a robustez do sistema com a construção de um reservatório de 2 milhões de litros de água no Jardim do Bosque, na região do Santa Felícia, local populoso com topografia que facilita a ida da água para as torneiras e caixas dágua domiciliares.

Para atender a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, a autarquia vai trabalhar no saneamento completo da região do Varjão, área compreendida principalmente por construções de veraneio e lazer na área norte do município.

“Ali tem uma ação civil pública rodando desde 2010, então temos um compromisso firmado com o Ministério Público de instalar o sistema completo, ou seja, coleta, transporte e tratamento de esgoto daquela região”, explica.
 

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ETE Monjolinho tem placa evidenciando investimento federal, do antigo PAC-2. Foto: Bruno Moraes / ACidade ON

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) vai passar por duas obras: reforma e expansão. A ampliação já constava no projeto original, datado de 2004, que previa dobrar a capacidade de 600 litros/segundo para 1.200 litros/segundo.

A obra, adiada por motivos financeiros, voltou à pauta em 2013, com a possibilidade de adesão à segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, oPAC-2. A empresa foi contratada em 2015, mas não iniciou os trabalhos por falta de liberação dos recursos federais, avaliados em R$ 28 milhões.

Desde então atravessou verdadeiro périplo até a sua liberação, entre 2017 e 2018. Atravessou a crise do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o governo Michel Temer (MDB). No governo Jair Bolsonaro, a obra voltou a ser tocada, mas daí veio a pandemia, esgotando a oferta de aço no mercado. Resumo da ópera: a obra deve ser finalizada em dois anos, segundo o presidente da autarquia.

“Então recebemos as parcelas do Ministério conforme as medições. Está meio devagar por causa dos insumos. O aço está difícil de achar no mercado. Além disso, teve um reajuste espantoso e a empresa que está fazendo (a obra) pediu prazo para concluir em dois anos”, completa.

A manutenção da ETE Monjolinho também está na mesa para realização por parte do Saae. Projeto que depende de liberação de crédito pelo Banco do Brasil deve resolver alguns problemas acumulados desde a inauguração, em 2008. O sistema de flotação, por exemplo, está “precário”, nas palavras de Marquezin.

“Precisamos parabenizar a (equipe) técnica pois pelo estado em que se encontra (a ETE) ainda conseguimos fazer o lançamento dentro dos parâmetros ambientais de tratamento de esgoto”. “O planejamento do Saae é concluir a expansão (da ETE) para poder aplicar as manutenções necessárias na primeira fase da construção”, planeja.

Obras menores devem ser feitas com pagamento do próprio caixa da autarquia e também por projetos aprovados pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

“O Fehidro não tem fundos suficientes para atender a grandes demandas de São Carlos e outras cidades, mas nós viemos conseguindo R$ 1 milhão, R$ 800 mil, para ir fazendo serviços”, finaliza.

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