O assassinato que aconteceu na terça-feira (19), no distrito de Santa Eudóxia, em São Carlos, em que a vítima foi esfaqueada após tentar defender uma mulher durante uma discussão, chamou a atenção da Polícia Civil para a frequência de homicídios por motivo fútil que estão acontecendo na região.
Nos primeiros cinco meses do ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a cidade registrou nove homicídio dolosos com 12 vítimas, um latrocínio, 14 tentativas de homicídio e 230 casos de lesões corporais dolosas quando há intenção.
De acordo com o delegado Gilberto de Aquino, que apresentou o flagrante do assassinato na Central de Polícia Judiciária (CPJ), as vítimas de homicídios estão “se envolvendo em situações que colocam em risco suas vidas por motivos pequenos, insignificantes”.
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“Temos visto aqui vários crimes de impulso, onde o indivíduo é um ser reagente por qualquer motivo, motivo de trânsito, motivo de uma discussão como essa no bar, motivo de uma briga entre marido e mulher, que o suspeito acaba sacando de uma arma branca ou de fogo e acaba tirando a vida do ser humano”, disse.
Há cinco dias, a cidade também registrou um assassinato a tiros motivado por uma discussão entre dois homens em um estabelecimento comercial. O crime, que vitimou o são-carlense Wilson Cornetta Jr, também causou comoção.
“Infelizmente a banalização da vida, digo assim, estão matando pessoas como se matassem formiga, barata, enfim, é o que temos visto, e a Polícia está trabalhando no sentido de prender a autoria desses crimes”, completou.
Homicídio por motivo fútil está previsto no Artigo 121 do Código Penal e tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. A pena para homicídio sem agravantes é de 6 a 20 anos.
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