Com 24 reclamações relativas a escorpiões, os dois primeiros meses de 2022 têm 30% mais casos do que a média do ano passado. Em 2021, São Carlos contou 111 casos nos 12 meses, segundo a Secretaria da Saúde.
Com vários casos de escorpiões encontrados em creches infantis municipais, a Prefeitura orientou as direções das unidades e moradores a buscarem atendimento oficial em eventuais capturas do aracnídeo.
Em 2021, São Carlos contou 30 acidentes envolvendo escorpiões, de acordo com o DataSUS, sistema de informações do Sistema Único de Saúde. O total é 25% menor do que os 40 contados em 2020.
De acordo com a administração municipal, as escolas “devem informar o número de animais encontrados diariamente, bem como encaminhá-los à Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, para avaliação da efetividade das medidas e procedimentos que estão sendo adotados e avaliar o índice de infestação”.
Em caso de picada, o principal sintoma é dor local. A vítima deve ser conduzida ao atendimento médico o mais rapidamente possível. Em São Carlos o ponto de atendimento para acidentes com animais peçonhentos é o Serviço Médico de Urgência da Santa Casa.
Para a prevenção, a Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde, atende a população em geral, órgãos públicos e comércio, realizando orientações e vistorias com o objetivo de apontar medidas que minimizem a ocorrência de infestações e a prevenção dos acidentes.
De acordo com a equipe técnica da Zoonoses é comum os escorpiões se esconderem próximo de residências, terrenos sujos com entulhos, em materiais de construção (madeiras, telhas, tijolos e pedras), em caixas de passagem e inspeção tanto de energia quanto de água e esgoto, e até em jardins com pedras e cascas decorativas. Alimentam-se principalmente de baratas, sendo importante combater esses insetos, por meio do correto armazenamento e descarte do lixo orgânico. Nas residências, os principais acessos ao interior, são saídas de esgoto, ralos e vãos em portas, daí a importância de criar barreiras físicas com o objetivo de bloquear seu acesso.
A médica veterinária Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, alerta que é impossível exterminar o aracnídeo e as medidas que visam o controle e a prevenção de acidentes (picadas) são baseadas em manejo ambiental e adoção de barreiras físicas que impeçam o acesso dos escorpiões ao interior das edificações.
“O manejo ambiental consiste em eliminar condições favoráveis à permanência e esconderijos para os animais, mantendo os ambientes limpos e organizados. Medidas constantes de limpeza com remoção de materiais inservíveis e lixo ajudam a tornar o ambiente desfavorável ao aparecimento de escorpiões. Outro cuidado importante é sempre vistoriar, limpar e guardar em locais longe do chão, os brinquedos das crianças antes e depois do uso”, ressalta.
Outras informações ou orientações podem ser obtidas na Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias da Secretaria de Saúde pelo telefone (16) 3307-7405.