O furto de fios e cabos de semáforos tem sido um problema recorrente em São Carlos, e também um motivo de preocupação. Somente este ano, segundo a Secretaria de Transporte e Trânsito (SMTT), foram registrados 18 ocorrências deste tipo, prejuízos de aproximadamente 1.500 metros de cabos.
Um dos mais recentes foi o da sinalização da Avenida Capitão Luiz Brandão com as alças de acesso à Rodovia Washington Luís (SP-310), cujo conserto ficou em cerca de R$ 5 mil, segundo o secretário Paulo Luciano.
“A gente precisou mudar o local, como ali é um ponto que foi furtado algumas vezes, só este ano tivemos três furtos, a gente preferiu mudar o sistema lá, então a gente fez uma sinalização aérea, em vez da sinalização enterrada, nós colocamos um poste mais alto, tudo isso para dificultar que os infratores cometam furtos”, explicou.
De acordo com ele, a situação causa transtornos à população pela falta de sinalização nos semáforos e aumento do risco de acidentes, e também reflete nos cofres públicos, já que em alguns casos é necessário até maquinário específico para os consertos.
“Além de repor esses cabos, eles também quebram a base do semáforo, então tem que refazer essa base, às vezes precisa até de caminhão munck para poder arrumar, então tudo isso é oneroso”, disse.
Medidas a serem tomadas
Devido à frequência dos delitos, Paulo Luciano informou que a secretaria está estudando soluções que impeçam ou dificultem tais ocorrências, tanto na utilização e troca de cabos e fios de cobre quanto na tubulação.
“A gente tentou fazer testes com uma fiação que seja de alumínio, um produto menos atrativo aos ladrões, só que essa fiação não apresentou a mesma eficiência na transmissão de dados e pode acontecer alguns distúrbios ali, e em cruzamentos semafóricos a gente não pode ter nenhum defeito, então a gente optou em manter ainda o cabo com base de cobre”, detalhou.
Sobre a tubulação, existem dois tipos feitos na cidade, a enterrada e a aérea. “Nós estamos tentando trabalhar apenas com fiações aéreas, essa é mais difícil de ser roubada, e as subterrâneas que existem a gente está colocando uma espuma expansível que é justamente para dificultar a hora que for puxar o cabo, de o cabo sair”, contou.