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CotidianoSem vagas em São Carlos, pacientes que dependem de hemodiálise buscam tratamento em outras cidades

Sem vagas em São Carlos, pacientes que dependem de hemodiálise buscam tratamento em outras cidades

Como todas as vagas oferecidas no município já estão ocupadas, eles precisam viajar para Araraquara ou Matão três vezes por semana para realizar o procedimento

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Pacientes de São Carlos que precisam fazer hemodiálise pelo SUS (Sistema Único de Saúde), enfrentam uma difícil situação. Como todas as vagas oferecidas no município já estão ocupadas, eles precisam viajar para Araraquara ou Matão três vezes por semana para realizar o procedimento.

A rotina, na maioria das vezes, é desgastante para quem está com a saúde debilitada, já que passar por hemodiálise para tratar a doença já é um grande desafio pela sobrevivência.

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“Alguns pacientes acabam saindo um pouco com a pressão mais baixa. E aí, se você tiver um deslocamento maior. O desgaste vai ser maior também. O paciente acaba não se alimentando corretamente, acaba às vezes não conseguindo tomar as medicações nos horários corretos”, explicou o médico nefrologista Henrique Carrascossi.

O advogado Wagner Luiz Melo é transplantado e trata a doença renal crônica há mais de 20 anos. Mora em São Carlos, mas tem que ir para Araraquara três vezes por semana para fazer hemodiálise, pois não conseguiu vaga para ter acesso ao procedimento no SUS em São Carlos.

“Perdemos perspectiva de vida, liberdade, porque você tem que estar lá três vezes por semana, não pode faltar, você está entendendo? Então você acaba tendo problemas físicos, mentais. Emocionais, familiares”, disse o advogado, que entrou com um processo na Justiça, uma ação popular para a construção de um centro com mais vagas na cidade.

O procedimento dura em média quatro horas. O aposentado Jair Marcolino sai de casa às 4h30 da manhã com destino a Matão três vezes por semana. Ele também não conseguiu acesso ao serviço em São Carlos e tenta há uma ano uma vaga na Santa Casa.

Sem respostas até agora, o jeito é pegar estrada para conseguir o tratamento. Com as duas pernas amputadas, a viagem fica ainda mais difícil.

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“Ficar viajando para lá, para cá, é duro, não é fácil não.”

Sem vagas

Em nota, a Prefeitura de São Carlos afirmou que 228 pacientes com doença renal crônica são atendidos em São Carlos, 15 deles são levados pelo transporte do município para Matão e Araraquara.

Segundo a prefeitura, não há vagas suficientes na Santa Casa da cidade para atender a demanda. Por mês os pacientes custam em média R$ 645 mil para o município. Esse valor equivale a 50% do investimento total e o restante é pago pelo Governo Federal.

  • Com informações da EPTV Central
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