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CotidianoVigilância caótica, pandemia e preço do cobre motivam furtos à escolas, diz Gardini

Vigilância caótica, pandemia e preço do cobre motivam furtos à escolas, diz Gardini

Secretário de Segurança Pública elenca razões para furtos de fiação e invasões, mas promete padronizar sistema de monitoramento para evitar novos casos

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EMEB Antonio Stella Moruzzi, em São Carlos (SP). Foto: Divulgação/ Prefeitura de São Carlos

Nos últimos meses, os furtos a prédios públicos, sobretudo escolas têm sido mais frequentes em São Carlos (SP). Falta de padronização no sistema de vigilância, que é classificado como “caótico” pelo secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, pode ser uma das causas das invasões frequentes. Ele anuncia a revisão da operação, com mais tecnologia.

“O nosso sistema de alarme é caótico, velho, remendado. Ele tem falhas gritantes e nós temos feito um trabalho de padronizar tudo. Onde está padronizado, esse tipo de situação praticamente zerou”, resume.

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Na semana passada, um homem foi flagrado furtando fios de uma escola no Santa Felícia. Segundo o secretário, de 20 a 30% dos 250 prédios públicos já contam com aparelhos de vigilância com “condições de reação”. Outra parte dos imóveis tem segurança debilitada. “Vamos dizer tem a metade da capacidade, outros (estão com aparelhos) ultrapassados”.

De acordo com Gardini, a Prefeitura tentou antes da pandemia de Covid-19 abrir uma concorrência para adquirir aparelhos de vigilância. Houve interessados, porém, a alta do dólar mudou os preços do mercado e a licitação fracassou.

“Estamos fazendo um novo termo de referência, há todo um procedimento jurídico e vamos soltar (a concorrência) ainda no próximo mês”, vaticina.

O secretário afirmou que, com a concorrência feita, irá proceder as instalações dos equipamentos nos prédios públicos. A ordem seguirá dos locais com maior incidência de crimes e necessidade.

A pandemia pesou na alta de crimes em prédios públicos. Escolas vazias, sem movimentação de alunos, se tornam um chamariz para a criminalidade.

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“Não podemos colocar 250 guardas municipais para cobrir 24 horas. Esse é um ponto. Aí temos também a situação de 60 pessoas que estão afastadas por idade ou comorbidade na Secretaria de Segurança Pública. Isso já limita o número de viaturas nas ruas. Outra coisa, neste momento, não que não estejamos dando atenção a isso, a prioridade é a vida e a saúde”, diz.

A alta do dólar tem relação com o aumento das ocorrências de furto a prédios públicos, de acordo com o titular da pasta de Segurança. “O alumínio e o cobre, principalmente, tiveram uma supervalorização em razão do dólar e se tornou um produto atrativo”, analisa.

Como antídoto, foram intensificadas as operações em ferros-velhos, com apreensões de materiais sem comprovação de origem legal e detenção de responsáveis.

“O importante é chamar a sociedade a denunciar se souber de alguém que está comprando esses fios. Isso causa grande prejuízo ao setor público”, comenta.

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