Os novos preços do gás de cozinha e dos combustíveis devem impactar negativamente na renda das famílias já a partir desta terça-feira (6), segundo o economista Paulo Cereda.
A Petrobras anunciou aumentos de R$ 0,20 no preço do quilo de gás de cozinha, que deve passar para R$ 3,60 nas negociações com as distribuidoras. Como o gás liquefeito de petróleo (GLP) é o principal combustível usado em fogões, o impacto deve ser direto nas contas familiares.
“O impacto na renda das famílias não é bom, muito pelo contrário, limita a capacidade de compra das famílias. Estamos em um ciclo de altas desde o começo do ano e a renda não tem acompanhado isso”, avalia.
Na opinião do economista, as famílias também terão impactos nos custos de transportes, com a elevação em 6,3% no preço da gasolina cerca de R$ 0,16 por litro e 3,7% no diesel R$ 0,10, em média, por litro. No caso do diesel, o aumento deve chegar por meio de transporte público e indiretamente na composição de preços de alimentos e produtos.
“E nesse balaio todo tem a energia elétrica que consumimos. A renda das famílias ainda deve servir para comprar alimentos, pagar plano de saúde, comprar móvel novo ou um carro. Renda limitada não é bom, embora a Petrobras justifique ou explique essas altas pela paridade com os preços internacionais.
O impacto dos novos preços deve chegar às bombas e às distribuidoras assim que novas remessas de combustíveis chegarem ao município.
Em levantamento realizado em São Carlos na semana passada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina na cidade era de R$ 5,536 por litro, com preço máximo em R$ 5,599 e mínimo em R$ 5,349. Já o gás de botijão era negociado, em média, por R$ 94,88, com máxima de R$ 99,90 e mínima de R$ 87,99.