A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda aumentar em 21% o custo da bandeira tarifária para custear o acionamento das usinas termelétricas. A informação é do jornal “O Globo”.
Desde o início do mês está vigente a bandeira vermelha 2, que acresce R$ 6,24 para cada 100 kWh gastos na conta de luz. Pela mudança proposta, se acatada a proposta da agência colocada para consulta pública em março, o valor da bandeira vermelha proposto é de R$ 7,57. Como exemplo, em uma família que consome mensalmente 200 kWh, o acréscimo mensal seria de R$ 2,66, caso o aumento seja aplicado.
Em entrevista ao jornal carioca, o presidente da agência, André Pepitone da Nóbrega, a definição dos novos valores deve ocorrer nas próximas semanas. Ele responsabilizou a falta de chuvas em bacias que abastecem barragens em importantes centros consumidores pelo acionamento das usinas mais custosas.
O sistema de bandeiras tarifárias é composto por quatro faixas: verde (sem acréscimo), amarela (R$ 1,343/100kWh), vermelho 1 (R$ 4,169/100kWh) e vermelho 2 (R$ 6,243/100kWh).
Segundo nota técnica colocada para discussão em meados de março, as mudanças nos valores também afetariam a bandeira vermelha 1 (+10%), com taxação de R$ 4,599/100kWh, e amarela (-26%), com acréscimo caindo para R$ 0,996/100kWh.
“Elevações eram esperadas em função dos custos da operação refletirem indexadores da economia real e do próprio setor, como inflação, limites regulatórios do PLD (Plano de Liquidação de Diferenças), preços médios dos contratos no ambiente regulado (que também são reajustados segundo a inflação)”, afirmou a agência em nota técnica em março.